O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, divulgou uma nota nesta quarta-feira (9) negando que já tenha decidido investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com base na acusação feita pelo operador do mensalão, Marcos Valério.
Roberto Gurgel emitiu nota negando investigação contra ex-presidente Lula. Foto: Divulgação
"A secretaria de comunicação do Ministério Público Federal informa que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ainda não iniciou a análise do depoimento de Marcos Valério, pois aguardava o término do julgamento da AP 470 (mensalão). Esclarece ainda que somente após a análise poderá informar o que será feito com o material. Portanto, não há qualquer decisão em relação a uma possível investigação do caso", informa o Ministério Público Federal.
"A secretaria de comunicação do Ministério Público Federal informa que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ainda não iniciou a análise do depoimento de Marcos Valério, pois aguardava o término do julgamento da AP 470 (mensalão). Esclarece ainda que somente após a análise poderá informar o que será feito com o material. Portanto, não há qualquer decisão em relação a uma possível investigação do caso", informa o Ministério Público Federal.
Na última terça-feira (8), Gurgel disse que provavelmente enviará à
primeira instância o depoimento de Valério de Souza no qual ele diz que
recursos do esquema foram utilizados para pagar despesas pessoas de
Lula.
Lula não possui mais privilégios
Lula não possui mais privilégios
Como ex-presidente, o petista não têm mais o chamado foro
privilegiado, que restringe investigações e processos contra autoridades
a instâncias superiores da Justiça.
Caberá então a procuradores que atuam na primeira instância da Justiça avaliar se abrem uma investigação contra Lula ou se arquivam o caso, se entenderem que não havia indícios contra ele.
Caberá então a procuradores que atuam na primeira instância da Justiça avaliar se abrem uma investigação contra Lula ou se arquivam o caso, se entenderem que não havia indícios contra ele.
Em dezembro, Gurgel já havia dito que, caso algo fosse encontrado em
relação a Lula, o caso seria "encaminhado à Procuradoria da República de
primeiro grau."
Assim que recebeu as informações de Valério, no segundo semestre do ano passado, Gurgel decidiu não fazer nada até o final do julgamento do mensalão, que terminou em dezembro com 25 condenados, entre eles o próprio Valério e o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.
Assim que recebeu as informações de Valério, no segundo semestre do ano passado, Gurgel decidiu não fazer nada até o final do julgamento do mensalão, que terminou em dezembro com 25 condenados, entre eles o próprio Valério e o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.
Na avaliação das duas procuradoras da República que tomaram o novo
depoimento de Valério, e do próprio Gurgel, não haveria nenhum fato
bombástico, apenas informações que confirmariam o que foi denunciado ao
STF.
A única informação nova seria a de que recursos provenientes do Banco Rural teriam sido usados não só para alimentar o esquema, mas também para pagar contas pessoais do presidente Lula.
O ex-presidente tem evitado se manifestar, mas disse que as declarações de Valério são mentirosas.
No final do julgamento do mensalão, o procurador-geral chamou Marcos
Valério de "jogador", mas argumentou que nada deixaria ser investigado.
dn
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