A Secional Ceará da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) está preocupada com as instalações do parlatório da Casa de Privação Provisória de Liberdade Desembargador Adalberto de Barros Leal (CPPL), em Caucaia. Em ofício, protocolado na manhã desta quarta-feira, 5, a entidade, por meio do Centro de Apoio e Defesa do Advogado e da Advocacia, solicitou a Secretaria de Justiça do Estado (Sejus) intervenção urgente no sentido de melhorar as condições físicas do local.
Advogados criminalistas têm reclamado das péssimas condições do parlatório. Dentre as queixas, constam a impossibilidade de avistar os presos, instalações inadequadas e mau cheiro. “É sabido que na maioria das unidades prisionais do Estado, as condições dos parlatórios são precárias, contudo, na CPPL de Caucaia a precariedade beira ao absurdo”, denuncia o coordenador do Centro de Apoio, José Navarro, que protocolizou o ofício na Sejus.
Em visita à unidade de Caucaia, Navarro constatou que o local é sujo, não existem cadeiras para que o advogado fale com o seu cliente, o tipo de grade utilizado não permite que se visualize adequadamente o cliente. “Onde o detento fica para falar com o advogado existe uma antessala onde eles aguardam outros serviços internos. Lá fazem suas refeições que depois são jogadas no chão. Alguns detentos até utilizam o local para fazerem suas necessidades fisiológicas, tudo isto gerando um odor insuportável”, alerta.
Diante desta situação a OAB-CE requereu imediata intervenção da Secretaria de Justiça objetivando melhorias nas instalações. Entende a Ordem que a situação do parlatório da Casa da Casa de Privação Provisória de Liberdade Desembargador Adalberto de Barros Leal é precária, indigna e não apresenta condições para que um detento seja entrevistado no local.
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