sábado, 21 de fevereiro de 2015

No Ceará, estiagem deixa Lagoa do Banana com 30% de sua capacidade

Problema afeta frequentadores, comerciantes e moradores. Movimentação nos restaurantes caiu cerca de 70%.
A falta de chuvas que já duram mais de três anos afeta um dos locais mais frequentados por turistas no Ceará.  A Lagoa do Banana, localizada no Cumbuco, a 29 quilômetros de Fortaleza, no município de Caucaia, está com nível de água apenas 30%, segundo dados da Companhia Estadual de Gestão de Recursos Hídricos. Com a seca, o problema afeta frequentadores, comerciantes e moradores.
Quem costumava visitar a Lagoa do Banana há 10 ou 20 anos se espanta com a atual paisagem. Não existem mais os restaurantes e bares a beira da lagoa, os caiaques, o banana boat, as motos aquáticas, sem banhistas e sem crianças.
Hoje, a margem da lagoa fica longe das casas e também dos estabelecimentos comerciais que estão no entorno. “Tudo aqui era cheia de vida, de água. Cheio de gente, motos aquáticas, pessoal brincando e hoje em dia não existe mais nada. É muito triste”, disse a produtora de eventos, Selma Alves.
Desemprego e abandono Dos seis restaurantes que existiam no local, apenas dois funcionam. Segundo o gerente de um dos estabelecimentos a movimentação de clientes caiu 70%. “O desemprego atingiu muita gente. Antes, nós tínhamos 30 funcionários e hoje temos só 10. Então você já viu como está o comércio aqui”, afirmou o comerciante Nonato Nascimento.
O turismo também diminuiu. O turista de São Paulo, Pedro Felipe Pinheiro, disse que ficou decepcionado que, conforme ele, era lindo há alguns anos. “É frustrante você chegar aqui e ver esse cenário de abandono. Esperava algo cheio de vida e alegria. Tudo está seco”, lamentou.
A situação está ainda pior na Lagoa Tapacaú. O volume de água está morto. Só serve para agricultura nas plantações de milho, feijão e batata doce. Os empresários locais, no entanto, ainda investem em pousadas e hotéis. O gerente de uma pousada na Lagoa Tapacaú, Raimundo Nonato, espera um bom período de chuvas para que a lagoa possa trazer de volta turistas do Brasil inteiro.“Esperamos que a lagoa volte a dar novos empregos. Os empregos que tinham depois que ela secou todo mundo perdeu o emprego. tudo acabou.
g1

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