quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Mais de mil e oitocentos servidores se reúnem no primeiro dia de greve em Caucaia


Professores e demais servidores da Educação de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, iniciaram uma greve geral nesta terça-feira (23). A paralisação, que reuniu mais de 1,8 mil pessoas, começou com ato público Praça do Espaço Cultural do município. Os profissionais fecharam por mais de 40 minutos a BR 222 e depois seguiram em passeata. 
 
Os trabalhadores reivindicam um aumento salarial de 11,36% para os professores e servidores da Educação, reajuste dos auxílios refeição e transporte, e a ampliação da ajuda de transporte para os demais empregados. Diante da intransigência da prefeitura diante da pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2016, a greve foi aprovada em assembleia geral dos servidores, realizada na última quarta-feira (17). 
 
Os funcionários públicos também pleiteam o pagamento da licença prêmio convertida em pecúnia, do abono de 2015 e das progressões.Todas essas pautas haviam sido negociadas com a prefeitura ainda em 2015 e deveriam ter sido pagas em janeiro deste ano. Porém, a gestão simplesmente esqueceu das promessas, que chegaram a ser referendadas por leis aprovadas na Câmara Municipal de Caucaia.
 
Mobilização e solidariedade
 
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caucaia (Sindsep) percorreu todas as rotas em que se divide a rede de educação do município e realizou paralisação no Centro da cidade. As mobilizações contaram com a adesão em massa não só da categoria, com também de estudantes, pais de alunos, parlamentares, autoridades e demais cidadãos, que se solidarizaram com a luta dos servidores do município.
 
E as mobilizações continuam nesta primeira semana de greve, com a realização de atos públicos hoje (24) pela manhã, em frente ao gabinete do prefeito Washington Gois; amanhã (25), às 8 horas, na Câmara Municipal; e na sexta-feira (26), no mesmo horário, na Praça da Matriz.
 
Prefeitura quer achatar salários
 
Na última sexta-feira (19), a prefeitura ofereceu 7,05% de reajuste para o magistério, aplicado em maio e retroativo a janeiro, além de 5,4% para os outros funcionários da educação, válido a partir de junho. 
 
A categoria recusou a proposta, denunciou que o índice oferecido não cobria nem sequer a inflação acumulada de 2015 (10,67%) - o que significa achatamento salarial -, e decidiu parar as atividades para pressionar a prefeitura de Caucaia a cumprir a Lei do Piso Nacional do Magistério, entre outras reivindicações da Campanha Salarial 2016.
 

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