Washington - O número de mortos pelo novo coronavírus nos Estados Unidos passou de de 40 mil ontem, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins. E já são mais de 740 mil casos confirmados no país, que se tornou o epicentro da pandemia. Apenas em Nova York, onde o uso de máscaras é obrigatório, 14 mil pessoas já morreram. No mundo, segundo o levantamento da Johns Hopkins, o total confirmado de casos chega a 2,37 milhões, com 165 mil óbitos.
Os números mostram a rápida proliferação do coronavírus nos EUA. Em apenas três dias, o total de óbitos saltou de 30 mil para 40 mil. Mesmo assim, governador de Nova-York, Andrew Cuomo, disse que "o pior já passou". O presidente Donald Trump também afirmou ver "sinais" de que o pico de COVID-19 já passou no país e pediu que governadores reabrissem o comércio em alguns estados. Recentemente, a Casa Branca anunciou uma série de passos para a reabertura.
Nos EUA, cidades que abrigam migrantes hispânicos registram 30% mais mortes por coronavírus, devido à falta de acesso a atendimento médico e condições financeiras e receio de deportação. É o que mostra levantamento sobre a epidemia feito pela BBC News Brasil em Nova York, Massachusets e Flórida, os três estados americanos que concentram de 80% da população brasileira no país, além de grande contingente de migrantes da América Latina no geral.
Quando analisados os municípios que abrigam mais latinos, os números mostram que os habitantes dessas áreas tiveram entre 20% e 33% mais chances de adoecer e morrer, em relação aos números dos estados como um todo. “Sabemos que existem desigualdades significativas que colocam nossa comunidade de imigrantes em maior risco de contrair coronavírus e desenvolver formas graves da doença", admitiu o prefeito de Boston, Marty Walsh, que resumiu: "Dados são uma informação crítica para saber o impacto dessas desigualdades e para ajudar o público a entender o vírus e seus riscos".
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