Antes de entrar para a turma de Taekwondo adaptado para cadeirantes, Francisco Eduardo Cortez, de 34 anos, não tinha planos para o futuro e tinha muitos momentos de depressão. O esporte e a convivência com outros cadeirantes trouxeram a alegria que Francisco precisava. Ele é um dos alunos do paratleta Augusto Soares e do Mestre Fábio Macedo, que ensinam a modalidade para cadeirantes duas vezes por semana, no CRAS Edson da Mota Correa, no Centro.
Augusto Soares também é cadeirante e, após ver um vídeo na Internet, desenvolveu a modalidade de taekwondo adaptado, tendo como base o taekwondo original. “Hoje, nós somos pioneiros nessa modalidade e paratletas em outros estados já praticam o esporte”, disse Augusto. O Governo Municipal de Caucaia apóia a iniciativa, cedendo o espaço do CRAS e disponibilizando transporte para os alunos freqüentarem os treinos.
Segundo ele, o esporte é capaz de transformar a vida de quem é cadeirante. “Muitos se sentem incapazes, dependentes. O esporte vem para mostrar que é possível, traz mais auto-estima na vida dessas pessoas. Eu mesmo me sinto hoje muito mais realizado”, disse ele, que, recentemente, se tornou tricampeão na categoria Poomse no Campeonato Intercontinental de Taekwondo, realizado em junho deste ano, em São Paulo.
O jovem Sammy Paiva de Oliveira, de 24 anos, afirma que tudo mudou depois que começou a praticar o esporte. “Até meu comportamento em casa, com a família e amigos. Eu era meio bruto”, disse Sammy. Já Thiago Bezerra, de 23 anos, afirma que o taekwondo trouxe mais disciplina, inclusive nos estudos. “Ajuda muito na escola. Estou mais comportado. E eu queria muito fazer um esporte e encontrei o que eu queria aqui nas aulas de taekwondo adaptado”, disse Thiago.
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