quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Pecém tem 2,5 mil unidades

Na próxima semana, será assinado o primeiro convênio, contemplando construção de 500 unidades. Segundo Sinduscon, o investimento é de R$ 32 milhões. Demanda reprimida para moradia popular é de 3.500 imóveis

Um convênio para a construção de 500 unidades habitacionais em São Gonçalo do Amarante deve ser assinado na próxima semana, um investimento de R$ 35 milhões. Elas são as primeiras das 2.500 unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida previstas para o município, segundo André Montenegro, vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE). Com projetos já iniciados, as unidades têm como objetivo atender a demanda de 3.500 imóveis populares no município, criada pela expansão do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).

Segundo Montenegro, para as 500 unidades, cerca de 10% do investimento serão subsidiados pelo Governo do Estado, que contemplará também obras de infraestrutura, condição do Governo Federal para empreendimentos que estão dentro do Programa. “Essas unidades não podem ir para lugares sem infraestrutura. O Estado está apoiando a gente e o próprio programa supre uma parte desses investimentos em infraestrutura. Sem isso não poderíamos fazer os empreendimentos”.

O vice-presidente explica que também há demanda reprimida para imóveis com maior valor agregado, mas que é difícil atender pela deficiência da infraestrutura. “Essas residências para classe média, para os trabalhadores mais especializados do Pecém, não têm subsídio para infraestrutura”, diz.

Montenegro diz que o Sinduscon-CE encomendou um estudo para mapeamento da demanda de imóveis na área de influência do CIPP. “Nós vamos entregar isso aos governos estadual e municipal. Vamos pedir que eles nos ajudem, invistam em infraestrutura. Temos que fazer com que esses trabalhadores morem em São Gonçalo, que não precisem vir para Fortaleza”.
 
Conselho Gestor
A secretária do Meio Ambiente de São Gonçalo do Amarante, Michele Matos, diz que a principal reivindicação do município é relativa a obras de infraestrutura para atender o crescimento demográfico da região, principalmente de saneamento básico. Ela diz faltar planejamento para o Pecém e seu entorno, o que espera ser resolvido com a atuação do Conselho Gestor do CIPP. “A minha esperança é que esse Conselho trace um planejamento e uma execução com cronograma, com coisas factíveis, com metas. E isso não é uma pauta só do Estado, isso é uma pauta também das empresas.”

Composto por representantes de 33 órgãos, o Conselho Gestor teve sua ampliação sancionada no último dia 17 pelo governador Cid Gomes. Com integrantes dos setores público e privado, ele tem como objetivo promover iniciativas de capacitação, avaliar oportunidades de negócios na região e definir regras de ocupação territorial.

O POVO tentou entrar em contato com Eduardo Diogo, secretário do Planejamento e Gestão do Estado, que presidia as reuniões do Conselho, mas sua assessoria de imprensa informou que ele estava em reunião.

Serviço

Simulador de financiamento habitacional da Caixa Econômica Federal
 o povo

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