Os trabalhadores do sistema
de transporte alternativo de Fortaleza vão paralisar 70% da frota a
partir da meia-noite desta quinta-feira (27), segundo informou o
presidente do Sindicato dos Empregados em Transporte Alternativo de
Fortaleza (Sintraafor), Valdenio Aguiar.
Foto: Natasha Mota
A categoria reivindica que a Cooperativa dos Transportadores
Autônomos de Passageiros do Estado do Ceará (Cootraps) - vencedora da
licitação para exploração e prestação de serviço de transporte
alternativo urbano - assine todas as 1.300 carteiras dos trabalhadores.
Segundo o presidente do Sintraafor, só 30% dos documentos trabalhistas
atualmente são assinados e a Cootraps estaria querendo fechar convenção
coletiva com a categoria de trabalhadores sem a assinatura de todos os
documentos.
Outro ponto divergente entre o Sintraafor e o SindVans, atual
sindicato patronal, é o salário. Os motoristas recebem R$ 891, fiscais
R$ 672 e cobradores R$ 663. O Sintraafor defende um aumento para R$
1.050, R$ 792 e R$ 782, respectivamente. O SindVans teria oferecido um
reajuste de 7,5%, que não foi aceito pela categoria.
"Os motoristas e cobradores de ônibus ganham muito mais. Nosso salário está muito defasado", denfendeu Aguiar.
A paralisação também é motivada pela reivindicação de redução na
carga horária. Segundo o presidente do Sintraafor, os motoristas e
cobradores chegam a rodar acima de 18 horas seguidas. O sindicato
pretende estipular a carga máxima em 7h30.
A Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) afirmou que não
foi notificada oficialmente sobre a paralisação, mas que vai
intensificar o monitoramento das vans e ônibus para reforçar a frota de transporte com ônibus extra caso seja necessário.
A reportagem não conseguiu entrar em contato com o Cootraps e com o SindVans até o momento da publicação.
DN
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