quinta-feira, 4 de julho de 2013

TRÁFICO FINANCIAVA POLÍTICOS: VEJA DETALHES DE COMO FOI AS INVESTIGAÇÕES DA OPERAÇÃO APOCALIPSE


No final da manhã desta quinta-feira (04), a Polícia Civil e a Secretaria Estadual de Segurança Pública, Defesa e Cidadania (Sesdec) divulgaram os dados finais da Operação Apocalipse que resultaram na prisão dos vereadores Marcelo Reis (PV), Jair Montes (PTC e considerado o líder do esquema), Roberto Coelho, filho do presidente da ALE/RO, Hermínio Coelho, além do afastamento dos deputados estaduais Ana da 8 (PT do B), Cláudio Carvalho (PT) e Jean Oliveira (PSDB). As residências do presidente da Assembleia Legislativa, Hermínio Coelho (PSD), e do deputado Adriano Boiadeiro (PRP) também foram alvo de buscas dos policiais civis.

Em uma coletiva de imprensa na sede do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Sindepro), os delegados envolvidos na operação, o secretário estadual de Segurança Pública, Marcelo Bessa, e o delegado-geral da PC, Pedro Mancebo, exibiram todos os números da operação. As investigações começaram em dezembro de 2011 pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da própria PC/RO, onde foram inicialmente apuradas ações relacionadas ao tráfico de drogas e ao financiamento do tráfico. Em seguida, foram descobertos outros desdobramentos dos envolvidos no esquema como falsificação de documentos, estelionato, peculato, corrupção (ativa e passiva), tráfico de influência, prevaricação, quebra de sigilo funcional e formação de quadrilha.

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha se dividiu em dois núcleos. O financeiro financiou campanhas políticas, lavava dinheiro e captava recursos. O político recebeu recursos para campanhas eleitorais e retornava benefícios com a nomeação de funcionários fantasmas. 

Também foram descobertos golpes com cartões de crédito. Durante as investigações, os integrantes adquiriram 7,5 milhões de reais em veículos, 22,5 milhões de reais em imóveis e 3,5 milhões em cotas de empresas, totalizando 33 milhões de reais em prejuízos, somente em Rondônia.

Foram investigadas 98 pessoas e 27 empresas, que geraram 229 medidas cautelares entre mandados de busca, apreensão, prisão e indisponibilidade de bens. A organização criminosa atuava em Rondônia, além de ter ramificações em Acre, Amazonas, Mato Grosso, Ceará, Rio Grande do Norte, São Paulo, Distrito Federal e Paraná. A Operação Apocalipse foi deflagrada em Porto Velho, Nova Mamoré, Guajará-Mirim e Ji-Paraná. Ainda aconteceram prisões em Natal (RN), Fortaleza e Caucaia (CE).

Pelo menos 80 delegados, 420 agentes e escrivães, 10 peritos, 10 datiloscopistas, cinco médicos legistas estiveram mobilizados na operação que faz referência à simbologia da bíblia que significa revelação e fim. “Estamos extremamente satisfeitos com o desenrolar da operação que finalizou com grande sucesso. Esperamos que agora a Justiça faça sua parte para manter esses acusados de graves crimes na prisão. Nossa parte foi feita e acredito que a sociedade também está muito feliz em ver tantas pessoas investigadas e detidas”, falou Marcelo Bessa, secretário estadual de Segurança Pública. 
Fonte: RONDONIAVIP

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