quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Pecém poderá ganhar terminal pesqueiro

O Porto do Pecém poderá ganhar em breve um terminal pesqueiro exclusivo para atender à demanda da primeira fábrica para enlatados de atum e sardinha do Nordeste, em plena atividade no município de São Gonçalo do Amarante. As negociações foram abertas para viabilizar a expansão da Crusoe Foods, empresa pertencente ao grupo espanhol Jealsa que opera no Ceará em parceria com a cearense R&B Aquicultura.
De acordo com Max Mapurunga, sócio cearense dos espanhóis, um terminal exclusivo vai ajudar ainda mais a “resgatar a pesca e a indústria pesqueira no Ceará”. A produção da fábrica será escoada pelo Porto de Pecém e por rodovias, visando o mercado nacional. Mapurunga está em linha direta com o coordenador da bancada federal cearense, o deputado federal José Airton Cirilo para levar essa demanda ao Governo do Estado e ao Ministério da Pesca.
A ideia é que a presença da Crusoe Foods e a instalação de um terminal exclusivo no Porto do Pecém incentive pescadores e armadores a venderem a sua produção no estado. O Ceará conta com aproximadamente 30 mil pescadores artesanais, reunidos em 77 colônias de pesca, das quais aproximadamente 25% no litoral e que poderão vir a ser diretamente beneficiados com as melhorias previstas com o termina pesqueiro.
Nesta primeira fase de funcionamento, que completa um ano neste mês de setembro, a Crusoe Foods já está gerando pouco mais de 300 empregos diretos. A grande maioria é mão de obra feminina. A fábrica, que atualmente processa três toneladas de pescados diariamente, deve aumentar sua produção para 40 toneladas/ dia. Isso deve acontecer quando a unidade estiver totalmente funcionando. A estimativa é que em São Gonçalo do Amarante sejam fabricados cerca de 15 milhões de enlatados por mês. O negócio está impulsionando o já movimentado setor pesqueiro cearense.
Potencial de pesca
Segundo dados do Sindicato das Indústrias de Frio e Pesca (Sindifrio), no ano passado, o segmento movimentou cerca de 1,2 bilhão de reais no estado do Ceará. No caso da lagosta, cuja produção foi de 1.600 toneladas, representou 180 milhões de reais. Ainda de acordo com o Sindifrio, dentre os peixes beneficiados, a tilápia, espécie de água doce, teve destaque com 30 mil toneladas, atingindo um faturamento de 150 milhões de reais. Já os números relativos a outros peixes, somaram 360 milhões de reais. A produção de camarão foi a que faturou as maiores cifras chegando a atingir a casa dos 540 milhões de reais.

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