sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Programa da Câmara de atendimento a adolescentes aprendizes completa 25 anos

Estudantes que integram o “Pró-Adolescente” também participam de atividades de reforço escolar. Aulas são dadas por servidores voluntários
Desde 1993, a Câmara dos Deputados mantém o Programa Pró-Adolescente, que oferece oportunidade de atuação profissional a adolescentes de baixa renda do Distrito Federal. Nesses 25 anos de existência, mais de cinco mil estudantes já atuaram na parte prática do Programa de Aprendizagem Profissional, além de frequentar o curso teórico de Auxiliar de Escritório Administrativo no Centro Salesiano do Menor, na cidade satélite de Ceilândia.

Atualmente, 430 adolescentes colaboram com os diversos setores da Câmara. O programa beneficia alunos do ensino regular a partir do 8º ano, com idade de 14 a 15 anos e seis meses, e provenientes de famílias cuja renda familiar per capita seja igual ou inferior a meio salário mínimo, ou estejam em situação de risco ou de vulnerabilidade social.
Secretária-executiva do programa, a servidora Juliene Botelho informa que os participantes recebem um salário mínimo, vale-transporte, vale-alimentação, uniforme, orientação vocacional e atendimento psicológico, entre outros benefícios.
Reforço escolar
Além da prática de aprendizagem profissional, o Pró-Adolescente estimula o aprendizado dos jovens com aulas de reforço escolar dadas pelos servidores da Câmara.
A estudante Nailê dos Santos Silva, de 17 anos, que faz parte programa, elogia as aulas promovidas pelos voluntários: “Não é igual à escola, que só passa o conteúdo e você aprende. Os servidores trazem dinâmicas interessantes, que nos ajudam a entender melhor as matérias”.
A museóloga do Centro Cultural da Câmara Luciana Scanapieco atua como voluntária, dando aulas de reforço de história para os adolescentes. “Todo fim de semestre, fico feliz porque tenho o retorno dos alunos, que vêm me agradecer, pois as notas deles na escola melhoraram muito”, relata ela.
Coordenadora do plantão de apoio escolar, a Mariana Araújo pede que mais servidores se voluntariem para dar aulas aos adolescentes: “Nossa principal necessidade é na área de química”. Interessados em lecionar podem se inscrever pelo e-mail institucional do programa (proad.depes@camara.leg.br).
Atualmente, uma média de 160 adolescentes participam das aulas de reforço escolar por bimestre.
Reportagem – Newton Araújo

Edição – Marcelo Oliveira

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