ESPAÇO URBANO
Glauciana Alves Teles
glauciana@hotmail.com
Doutoranda e pesquisadora do Laboratório de Estudos Urbanos da Universidade Estadual doCeará (Uece)
A mobilidade de pessoas, objetos, ações, informações é essencial para a realização da cotidianidade do trabalhar, do estudar, do habitar e do lazer. Nas grandes cidades, em especial nas grandes metrópoles, a mobilidade tem se constituído um elemento de suma importância para entender o processo de urbanização/metropolização. Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) a indústria tem se constituído nos últimos anos em um dos principais motores do processo de metropolização, notadamente, pelos conhecidos efeitos desencadeados por esta atividade que cria emprego e renda.
Glauciana Alves Teles
glauciana@hotmail.com
Doutoranda e pesquisadora do Laboratório de Estudos Urbanos da Universidade Estadual doCeará (Uece)
A mobilidade de pessoas, objetos, ações, informações é essencial para a realização da cotidianidade do trabalhar, do estudar, do habitar e do lazer. Nas grandes cidades, em especial nas grandes metrópoles, a mobilidade tem se constituído um elemento de suma importância para entender o processo de urbanização/metropolização. Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) a indústria tem se constituído nos últimos anos em um dos principais motores do processo de metropolização, notadamente, pelos conhecidos efeitos desencadeados por esta atividade que cria emprego e renda.
Como exemplo desse processo insere-se os municípios de Horizonte, Pacajus e Maracanaú onde a indústria é indutora da mobilidade cotidiana da força de trabalho. Já o município de Caucaia evidencia um caso particular na RMF em que as dinâmicas metropolitanas de emprego e trabalho, em sua maioria, não estão relacionadas diretamente ao processo de industrialização do município.
Isso não significa afirmar, todavia, que as dinâmicas causadas pelo fator trabalho não concorram para a metropolização neste território. Com efeito, existem e têm se ampliado os movimentos de trabalhadores que se deslocam cotidianamente de seus locais de moradia, em Caucaia, para trabalhar em Fortaleza. Esses deslocamentos contribuem para reforçar o caráter metropolitano das relações entre os dois municípios.
Como ressalta o estudioso François Ascher (1998) “a mobilidade está no cerne do processo de urbanização e é um princípio da metropolização”. A mobilidade tem se configurado como um dos principais processos que concretiza a relação os municípios da RMF e Fortaleza. Como consequência deste fato importantes equipamentos urbanos resultado de políticas públicas têm se construído e/ou reestruturado para atender a demanda gerada pela necessidade de deslocamento para Fortaleza e demais municípios da RMF a exemplo de vias de acesso, transporte rodoviário, a linha Oeste do Metrofor (VLT) e transporte alternativo.
Em síntese, o maior potencial de mobilidade na RMF acontece no deslocamento cotidiano motivado, principalmente, pelas atividades de trabalho e estudos. Pensar a mobilidade no espaço metropolitano é pensar as relações socioespaciais e os conteúdos mais complexos em escalas diferenciadas estabelecidas no território. Além disso, se faz urgente que se estabeleça políticas públicas mais eficientes que deem conta da complexidade desencadeada pela mobilidade humana e das territorialidades desencadeadas por tal processo, levando em consideração a diversidade de atividades exercidas e as particularidades de cada porção da RMF.
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