As áreas no Ceará que mais têm crescido são Caucaia, Maracanaú e Itaitinga por causa do terreno mais barato. Segundo Roberto Sérgio Ferreira, do Sinduscon-CE, para as faixas de 0 a 3 salários mínimos, o valor do metro quadrado deveria ser, no máximo, R$ 80. Para as faixas de 3 a 10 mínimos esse valor deveria variar entre R$ 150 e R$ 180. “Não vamos conseguir bater as metas do programa Minha Casa, Minha Vida”, diz.
Para ele, é necessário que os envolvidos no assunto acreditem que isso é um problema. “Se continuar assim, teremos o mesmo problema de 2009, 2010 e 2011. Não teremos nenhuma vitória”, disse, lembrando que o Estado não conseguiu bater nenhuma das metas de construção de moradias para o programa nos três anos.
“Os terrenos não estão se valorizando. É especulação mesmo”. Segundo ele, em bairros como Messejana e Maraponga, foi feito um acordo com o Governo do Estado para sanear as áreas para que pudessem ser usadas pelo programa. Na época, o metro quadrado custava em média R$ 60. O Governo, segundo ele, de fato saneou as áreas, mas a informação se espalhou e os proprietários resolveram valorizar os terrenos. E, dependendo do local, o valor passou a R$ 220, R$ 250/m2.
Especulação
Ferreira responsabilizou os donos de terrenos pelo aumento da especulação. “Nós construtores não somos especuladores. Construímos para vender. Os donos de terreno, os latifundiários não. Guardam imóvel para vender quando estiver mais valorizado”, destacou.
Segundo Ferreira, para as faixas de 0 a 3 salários mínimos, o valor do metro quadrado deveria ser, no máximo, R$ 80. Para as faixas de 3 a 10 mínimos esse valor deveria variar entre R$ 150 e R$ 180. “Não vamos conseguir bater as metas”, prevê. (Rebecca Fontes)
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