segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Déficit habitacional em Fortaleza cresce em 5 anos; índice é o 2º maior do País

Falta de unidades habitacionais, moradias precárias, habitações em conjunto, obrigação excessiva com aluguel e o adensamento em imóveis locados são fatores que tornam Fortaleza a segunda Região Metropolitana do País com  maior crescimento no déficit habitacional. Em termos absolutos, a capital cearense apresentou um aumento de 10,84%dos anos de 2007 a 2012, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em 2007, Fortaleza possuía 108.3 mil habitações com deficiência, e em 2012, o número subiu para 120,1 mil.
Fortaleza segue na contramão da trajetória nacional, em que há tendência geral de queda no índice de falta de moradia FOTO: Kid Júnior
O avanço da carência em Fortaleza, em 5 anos, foi de encontro ao observado em outras Regiões Metropolitanas do País e Estados que mostraram uma tendência geral de queda.
A Capital ficou atrás apenas do Distrito Federal que mostrou elevação do déficit absoluto em 20,44%, de 2007 a 2012. O crescimento da Capital não seguiu o comportamento do Ceará, que teve um decréscimo do déficit absoluto de 14,3%. Em todo o Estado, estima-se que o déficit habitacional seja de 242.268. Além da carência de unidades, a precariedade (54,178), a coabitação (86.521), a excedente (84.960) e o adensamento (23.374) são fatores para a deficiência.
Os dados estão presentes na Nota Técnica Estimativas do déficit habitacional brasileiro(PNAD 2007-2012) de autoria dos pesquisadores do Ipea Vicente Correia Lima Neto, Bernardo Alves Furtado – diretor-adjunto de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea – e Cleandro Krause.
Do total de domicílios em Fortaleza em 2012, 10,5% apresentam déficit habitacional, o índice é o 2º maior do País. De 2007 a 2012, houve um decréscimo de 7,23%. Em 2007, a proporção era de 11,3%. 
No ano de 2012, em termos absolutos, o déficit metropolitano concentrou-se nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Distrito Federal.
Em todo o Nordeste, o déficit atinge aproximadamente 1,61 milhões de domicílios, concentrados nos estados do Maranhão (25%) e Bahia (22%), Ceará e de Pernambuco, ambos com aproximadamente 15% do total da região.
Déficit habitacional apresentou redução em 5 anos no País
No Brasil, o estudo mostra que houve uma redução do déficit habitacional, passando de 10% do total dos domicílios brasileiros em 2007 para 8,53% em 2012.O déficit habitacional no Brasil caiu, em termos absolutos, 6,2% entre 2007 e 2012.
Em termos relativos, cálculo que considera a proporção do déficit em relação ao total de domicílios existentes, a queda foi maior, chegando a 14,7%.
dn

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