terça-feira, 19 de novembro de 2013

Laminadora negocia tudo o que CSP venderá no País

A laminadora a ser implantada pela Aço Cearense e Posco no Pecém deve comprar 600 mil toneladas de placas de aço por ano da CSP
Tudo o que a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) deixará no mercado nacional deve ser comprado pela laminadora da Aço Cearense e Posco, o que corresponde a 600 mil toneladas de placas de aço ao ano. O valor corresponde a 20% da produção total da CSP, que é estimado em 3 milhões ton/ano, o máximo que ela pode deixar no mercado interno, já que está instalada na Zona de Processamento de Exportações do Pecém (ZPE Pecém). Segundo disse ao O POVO o vice-presidente da Aço Cearense, Ian Corrêa, a compra do insumo já está em negociação.

“Já estamos em negociação para a compra de 600 mil toneladas da CSP para quando estivermos em pleno funcionamento na produção de bobinas de aços planos. Com nossa compra sendo em torno de 20% do que pode ser vendido para o Brasil, nos tornaríamos os únicos a comprar da CSP no Brasil”, afirma Corrêa.

A composição acionária da nova laminadora e o investimento de cada uma serão definidos em reunião no primeiro semestre de 2014, com a previsão de início das operações para 2017. Corrêa reafirma o interesse das empresas em ter o Estado como sócio do equipamento, por meio da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), o que já havia sido publicado pelo O POVO. “Temos total interesse em firmarmos essa parceria. Após firmarmos uma constituição no próximo ano, vamos conversar com o Governo. Para nós, é importante essa participação, pois teríamos investimentos ainda maior na infraestrutura e uma redução dos impostos que vão ser cobrados”.

Adece
De acordo com Roberto Smith, presidente da Adece, ainda não há proposta formalizada de parceria. “Essa é uma decisão do governador em conversa com os investidores. Vamos aguardar uma manifestação do Governo. Até agora não tivemos nenhuma conversa com a direção da Aço Cearense, o que não significa que não vamos assinar”, destaca.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Toda a produção da CSP, cuja expectativa é de começar a operar em 2015, já está vendida a seus sócios. Além de participação na futura laminadora, a Posco é uma das sócias da CSP (composta também por Vale e Dongkuk)

Saiba mais

As ZPEs só podem vender dentro do País até 20% do que produzem – ou seja, 80% devem ser obrigatoriamente exportados. Mas existe um projeto de lei que tramita no Congresso para elevar a porcentagem para 40%.

A partir de setembro de 2015, quando se inicia a operação da usina da CSP, ela terá capacidade de produzir 3 milhões de toneladas de placas de aço por ano.

A laminadora da Aço Cearense e Posco tem investimento estimado em US$ 800 milhões. A siderúrgica deve gerar em torno de 1.500 empregos diretos e 12.000 indiretos. Na semana passada, as duas empresas assinaram memorando para a implantação.

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