segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Sinalização e bom senso para garantir segurança a banhistas

Praticantes e profissionais da área cobram mais organização e sinalização para a convivência entre o kitesurfe e os banhistas. Pessoas do mundo inteiro aproveitam os ventos e mar do Cumbuco para a prática durante o ano

Colorindo a areia e, principalmente, os céus, o kitesurfe é parte do cenário do Cumbuco, a 29 quilômetros de Fortaleza. Os ventos e o mar favoráveis transformaram o Ceará em ponto privilegiado da prática, trazendo kitesurfistas de diversos países. Com isso, a convivência entre as pranchas, linhas, velas e os banhistas precisa de atenção e bom senso.

Para os praticantes e profissionais da área do kitesurfe, deveriam haver ações de sinalização e orientação para que o espaço das praias e do mar fosse ainda mais harmonioso. No entanto, não existe qualquer organização oficial para isso.

Segundo Daniel Hector Utrilla, dono de uma escola de kitesurfe, falta disposição da gestão pública para organizar essa vertente do turismo. Ele ressalta que, atualmente, o Cumbuco vive da movimentação de visitantes trazidos pelo esporte, mas não tem uma contrapartida pública de organização.

Daniel explica que os instrutores e os praticantes ligados à escola respeitam a área dos banhistas e fazem tudo com a preocupação de prevenir acidentes. “Aqui é o melhor lugar do mundo para o kitesurfe”, ressalta.

Antônio Nonato é morador do Cumbuco e explica que já é de conhecimento de quem frequenta o local de que existem áreas de prioridade dos kitesurfistas e outras para os banhistas. “Para quem não é daqui, ficaria mais fácil se tivesse algum tipo de sinalização”, opinou.
 
Bom senso

Os guarda-vidas Barros e Pedro trabalham nas areias do Cumbuco e afirmam que a relação com os instrutores e a maior parte dos praticantes é boa . Os profissionais elogiam o respeito dos estrangeiros, que evitam se aproximar dos banhistas.

No entanto, um ou outro kitesurfista, normalmente sem relação com as escolas, exagera na proximidade e coloca as pessoas em risco. “A gente tenta conversar, mas eles perguntam qual a lei que proíbe. Teria que ter bom senso”, comentaram.

Os guarda-vidas lembram que muitos banhistas os procuram quando os kitesurfistas se aproximam demais e a tentativa é sempre de diálogo. Eles relembram acidentes causados pelo desrespeito, tanto dos praticantes, como dos banhistas, curiosos para ver o material e a prática mais de perto.

Saiba mais

Movimentação
O segundo semestre é o ponto alto do ano para a prática do kitesurfe. A época é de praias lotadas de interessados em aprender e aperfeiçoar manobras. 
Além da Praia do Cumbuco, a as lagoas do Cauípe e de Barra Nova, na Tabuba, também são muito utilizadas para o esporte.

Espaço dividido
Além dos kites, cavalos e jangadas disputam espaço com os banhistas e quem está nas areias do Cumbuco.
 o povo

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