quarta-feira, 28 de março de 2018

Terminais de ônibus em Fortaleza terão minishoppings

Com potencial de circulação acima de um milhão de pessoas por dia, os terminais de ônibus da Capital devem ser transformados em minishoppings. A ideia da Prefeitura de Fortaleza é não ter mais o custo de R$ 2,5 milhões/mês para manter os equipamentos. A receita será gerada por meio de parceria público-privada (PPP) do Executivo com empresas, que vão realizar exploração imobiliária das áreas extras dos terminais. Escritórios, clínicas, faculdades e lojas poderão ser construídos ao lado, ou em cima dos empreendimentos.
O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), informa que essa parceria é uma das maiores apostas da gestão. O lançamento do edital para a realização de estudos de viabilidade econômica e soluções financeiras para modernização e ampliação dos terminais foi realizado no dia 9 deste mês.
Denominado de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), o documento auxiliará a Prefeitura de Fortaleza a escolher cerca de três empresas para realizar os estudos de viabilidade.
O objetivo é também melhorar a qualidade da operação dos equipamentos e implantar dois miniterminais, um na avenida Washington Soares e outro no bairro José Walter, e das estações dos corredores de ônibus, o Antônio Bezerra-Centro e o Messejana-Centro, com intervenções em andamento.
A proposta é que os locais tenham, além da área física aumentada, banheiros ampliados, redução de filas, melhora na segurança, mais tecnologia e modernidade. “O terminal do Papicu, por exemplo, o mais demandado, com quase 300 mil pessoas por dia, gera um conflito de entrada e saída de carros e pessoas. E possui uma área ao lado caríssima. O edital pode viabilizar a expansão do terminal sem dinheiro público e com a área ao lado”, afirma.
Samuel Dias, secretário Municipal de Governo, acrescenta que existem algumas possibilidades de negócios em Fortaleza, que não são prerrogativas da Prefeitura. “Essa associação com a iniciativa privada gera renda extra para financiar o empreendimento. A exploração imobiliária gera renda para financiar ampliação e funcionamento dos terminais. Essa é a conta mais redonda de PPP que nós temos”, avalia.
Sobre o potencial econômico dos terminais, o secretário adianta que os maiores shoppings da Capital, como Iguatemi e RioMar Fortaleza, recebem 60 mil pessoas por dia. Enquanto em cada um dos terminais de ônibus circulam mais de 100 mil pessoas por dia.
“A Prefeitura não tem essa experiência de alugar loja, mas o privado vai saber fazer, qual o melhor tipo de negócio”, observa, prevendo que até 2020 os sete terminais de ônibus e dois miniterminais já devem estar com obras em andamento para a próxima gestão.


BEATRIZ CAVALCANTE

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