A Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ) tentará votar novamente, nesta quarta-feira (5), o
projeto que reajusta as taxas cobradas pelos cartórios no Distrito
Federal (PLC 99/2017).
Na última reunião do colegiado, a relatora Rose de Freitas (MDB-ES)
pediu que a proposta fosse retirada da pauta, na tentativa de um
entendimento.
O assunto não encontra consenso entre os senadores. Os críticos da iniciativa alegam que a nova tabela de custas e emolumentos apresentada tem reajustes muito superiores à inflação.
Pelo texto, o reconhecimento de firma, por
exemplo, passará de R$ 3,90 para R$ 6,44 (aumento de 65%). O mesmo
serviço para transferência de carro (reconhecimento de firma no
documento de transferência) vai saltar de R$ 3,90 para R$ 31,59,
acréscimo de 710%. Já o registro de casamento subirá de R$ 164,75 para
R$ 245,70 (quase 50% a mais).
Cada Tribunal de Justiça é responsável
pela tabela de preços dos cartórios da sua região. No caso do Distrito
Federal, cujo Judiciário é mantido pelo governo federal, a proposta foi
encaminhada para o Congresso pelo TJDFT.
O PLC 99/2017 ainda vai ter que ser votado no Plenário.
Mais rigor
Na pauta da CCJ também há projetos alterando a legislação penal. Um deles é o PLS 314/2016, do senador Telmário Mota (PDT-RR), que inclui os delitos contra a administração pública na Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072, de 1990).
Quando a vantagem obtida ou o prejuízo aos
cofres públicos for igual ou superior a 100 salários mínimos, passam a a
ser considerados hediondos o peculato, a inserção de dados falsos em
sistemas de informações, a concussão, o excesso de exação qualificada
pela apropriação e as corrupções passiva e ativa.
Depois de passar pela CCJ, o PLS 314/2016
poderá ser enviado diretamente para a Câmara dos Deputados, se não
houver recurso para votação pelo Plenário do Senado.
Ainda na esfera criminal, os senadores podem avaliar o PLS 358/2015,
do senador Raimundo Lira (MDB-PB), que aumenta a pena prevista para
adultos que utilizam crianças ou adolescentes para a prática de crimes. O
projeto igualmente eleva a punição para o crime de associação criminosa
com a participação de menores.
Motoristas
Duas propostas que afetam diretamente a vida dos motoristas brasileiros podem ser votadas: o PLS 98/2015,
do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que exige a avaliação psicológica
de todos os condutores a partir da primeira habilitação; e o PLS 309/2017, do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), para tornar infração média a falta de licenciamento do veículo e impedir sua apreensão.
Atualmente trata-se de infração
gravíssima, e o veículo pode ser recolhido pela autoridade de trânsito.
Segundo o autor, os estados têm se utilizado da apreensão dos veículos
como forma de coerção para que os proprietários não atrasem o pagamento
dos tributos devidos, ferindo direito fundamental dos cidadãos.
Veja aqui a pauta completa da próxima reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
https://www12.senado.leg.br
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