segunda-feira, 29 de julho de 2013

Oi registra pior índice na Capital e em Caucaia

Ranking de qualidade divulgado, ontem, pela Anatel, mostra que os clientes da operadora foram os mais prejudicados ao não conseguirem fazer ligações ou acessar a rede de dados
Os serviços de telefonia móvel da Oi em Fortaleza e em Caucaia não alcançaram, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a meta de qualidade definida pelo órgão regulador. Os dados referentes ao desempenho das empresas de telefonia móvel, no trimestre iniciado em fevereiro de 2013, foram divulgados, ontem, pela autarquia. Nas duas cidades cearenses com mais de 300 mil habitantes, a Oi teve o pior desempenho no quesito qualidade. Na prática, os usuários da operadora encontraram dificuldade tanto para realizar ligações, como para utilizar o pacote de dados.

A meta estabelecida pela Anatel para as operadoras é de 95% de sucesso nas conexões de voz. Isso quer dizer que, de cada 100 ligações, pelo menos 95 precisam ser conectadas. No caso da Oi, em Fortaleza, o resultado obtido em abril deste ano foi 94,2%. Em Caucaia, a empresa foi ainda pior. Os usuários só conseguiram realizar 88% das ligações no mês de abril.

A mesma empresa também registrou desempenho abaixo da meta definida pela Anatel para a conexão de dados. Atualmente, a expectativa da Agência é que de cada 100 acessos à internet por meio de serviço móvel, 98 das tentativas apresentem resultado positivo. No trimestre, a Oi perdeu em qualidade chegando a registrar 86,29%, em Fortaleza, e 78,08%, em Caucaia no mês de abril.

Na avaliação do professor Rodrigo Cavalcanti, coordenador do Grupo de Pesquisa em Telecomunicações sem Fio (Gtel) da Universidade federal do Ceará (UFC), a queda na qualidade dos serviços de telefonia se justificam, principalmente, pela falta de estrutura na rede das operadoras. Segundo ele, as operadoras que têm mais clientes são aquelas que obtêm os piores índices.

“Quem tem mais assinantes deveria investir mais, porque tem uma receita maior. Aquelas que estão mal na fotografia devem satisfação nesse sentido. Por que não uma infraestrutura proporcional ao número de assinantes que ela tem?”.

A Oi informou ao O POVO que em 2012 investiu R$ 6,6 bilhões, dos quais 70% foram destinados à expansão da rede e à qualidade dos serviços. A companhia diz que, no último ano, a cobertura da rede 3G cresceu 160% em número de municípios e que complementou o serviço de banda larga móvel com o lançamento de uma rede de internet sem fio com mais de 100 mil pontos de acesso no País.

Resultado
Segundo a Anatel, no comparativo nacional, de fevereiro a abril deste ano, todas as operadoras ficaram acima da meta. Para a Agência, esse é um sinal positivo da medida adotada em julho do ano passado quando Claro, Oi e Tim tiveram a venda de chips suspensa em virtude da qualidade dos serviços. Na época, as operadoras apresentavam, conforme a Anatel, uma curva de queda na qualidade da telefonia. 

“O que temos visto a partir desses dados é que houve pelo menos a estabilização da queda”, explica Rodrigo Zerbone, conselheiro da Anatel.
 SERVIÇO
Confira os índices de qualidade das operadoras de telefonia móvel

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