sexta-feira, 13 de julho de 2012

RMF, Serra da Ibiapaba e Cariri são regiões mais ameaçadas pelo aquecimento global no CE


Áreas em vermelho no mapa indicam regiões mais ameaçadas pelo aquecimento global no Brasil. No Ceará, as principais são a Serra da Ibiapaba, a Região Metropolitana de Fortaleza e a metade leste do Cariri Imagem: CCST/Inpe/Unesp
Um estudo feito por pesquisadores do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espacias (CCST-Inpe) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) revelou as regiões mais ameaçadas pelas mudanças climáticas no Brasil.
Eles criaram um índice misto para medir a vulnerabilidade socioclimática de uma região (SCVI), que é a chance de uma área de ser atingida por mudanças ambientais e sua capacidade de adaptação ao novo cenário. O Ceará abriga três das regiões mais ameaçadas pelo clima nas próximas décadas.
São elas: a Serra da Ibiapaba, a Região Metropolitana de Fortaleza e a metade leste do Cariri. Também vale destacar como áreas bastante ameaçadas, o Maciço de Baturité, o litoral Oeste, a Zona Norte e o Centro-Sul. No Ceará, não existe nenhuma região com baixa vulnerabilidade socioclimática, mas as regiões menos afetadas são o Sertão de Crateús e o Vale do Jaguaribe.
No restante do Brasil, entre as zonas mais ameaçadas estão o entorno de Manaus, de Cuiabá, Goiânia, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Salvador e Teresina, além de praticamente todo o território dos estados de Sergipe e de Alagoas, grande parte dos lestes de Pernambuco e da Paraíba e do nordeste Maranhão.
No  outro extremo, o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre, Tocantins, Roraima e Amapá estão entre os Estados menos ameaçados. Pará, Mato Grosso e Amazonas, embora tenham algumas regiões muito ameaçadas também preservam ainda grandes porções de seu território com baixo risco de sofrer reflexos das mudanças climáticas.
O estudo pode ajudar gestores municipais, estaduais e federais de todo o País a traçar políticas de enfrentamento aos problemas ambientais. No Ceará, a desertificação e a perda de biodiversidade na Caatinga e nos chamados brejos de altitude, além da poluição atmosférica e hidríca nos grandes centros urbanos podem ser intensificados quase o planeta continue esquentando muito.
Outro drama que algumas zonas cearenses enfrentam e que pode piorar é o aumento no nível do mar e degradação litorânea. Que o digam os litorais de Caucaia (principalmente a praia de Icaraí, conforme noticiado em maio pelo Diário do Nordeste Online) e de Icapuí (principalmente a praia de Barreiras).

dn

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