Estatal não confirma notícia de que as novas usinas de refino seriam cortadas do seu plano de investimento
Fac símiles das edições dos dias 14 de junho e 12 de julho, mostrando as reviravoltas em torno do projeto da petrolífera no Ceará
Mais uma vez, rumores colocam a concretização da refinaria Premium II, no Ceará, em xeque. A Petrobras, contudo, declarou que não confirma as informações divulgadas na última quinta-feira pela Agência Estado de que poderá cortar de seu Plano de Negócios a usina cearense, além da Premium I, no Maranhão e, em último caso, parte do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). E, se o fizer, estará contradizendo o que vem afirmando e reafirmando nos últimos meses a sua presidente, Maria das Graças Foster, de que tais empreendimentos irão, sim, ser realizados.
A matéria da Agência Estado diz que as refinarias seriam descartadas caso não haja um reajuste no preço dos combustíveis de acordo com o previsto no Plano de Negócios 2012-2016 da companhia. Tais empreendimentos integrariam a relação que Foster apresentou, há duas semanas, ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, com os projetos que seriam retirados caso não haja o aumento do diesel e da gasolina.
A informação, contudo, vai de encontro às afirmações que a própria presidente da estatal deu, na semana passada, em evento promovido pela revista britânica The Economist, em São Paulo. "Se eu tivesse uma varinha mágica eu faria qualquer coisa para essas refinarias (as nordestinas, no Ceará, Maranhão e Pernambuco) ficarem prontas, pelo menos, em 5 anos, porque o mercado está extremamente demandado. Nós temos margens positivas de refino no Brasil, independentemente da paridade de preço internacional, e se tivéssemos todas elas hoje certamente estaríamos fazendo um excelente resultado para os nossos acionistas".
"Decisão técnica"
A presidente vem insistindo que a decisão pelas refinarias não é política, mas técnica e estratégica. "A demanda no Norte/Nordeste, em 2020, será de 1,23 milhão de barris de derivados por dia. Considerando a refinaria Abreu e Lima pronta, a capacidade será de 550 mil barris por dia. Teremos um déficit no Norte/Nordeste, em 2020, em torno de 700 mil barris/dia. Fazer essas refinarias no Nordeste é uma questão de atendimento da demanda de mercado".
Quando anunciou o seu último Plano de Negócios, no dia 26 de junho último, a Petrobras gerou polêmica ao colocar as refinarias do Maranhão, Ceará e a segunda etapa do Comperj como projetos "em avaliação". A questão foi agravada com a seguinte afirmação, no plano: "nenhuma nova refinaria será implantada, até que tenhamos confiança de atingir menor Capex (investimento em bens de capital) e retorno adequado".
Após isso, com a pressão política nos estados envolvidos com os empreendimentos, Foster se reuniu com os governadores para esclarecer que havia ocorrido um "mal entendido". A refinaria Premium II está programada para iniciar sua operação em 2018, mas a estatal vem afirmando recentemente que está fazendo esforços para adiantar esse cronograma para 2017.
Uma das estratégias que vem sendo trabalhada para encurtar o cronograma e garantir o financiamento das refinarias é a captação de um sócio estrangeiro. Para a cearense, a Petrobras já vem conversando com a sul-coreana GS Caltex. Mas o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, já informou que a estatal já tem tratativas com outras empresas.
"Há muitas empresas internacionais interessadas. A Petrobras está conversando e poderá chegar a um entendimento com elas. Japão, China, Estados Unidos e outros países já manifestaram seus interesses de se associar", disse recentemente.
Governo
O Diário do Nordeste tentou falar com o governador Cid Gomes na tarde e na noite de ontem, para saber o posicionamento diante da informação do possível corte do projeto. Contudo, sua assessoria de imprensa informou que não tinha como contactá-lo, porque ele havia viajado no início da tarde. A reportagem também procurou com o secretário estadual de Infraestrutura, Adail Fontenele, mas ele não atendeu às ligações a seus celulares.
Fac símiles das edições dos dias 14 de junho e 12 de julho, mostrando as reviravoltas em torno do projeto da petrolífera no Ceará
Mais uma vez, rumores colocam a concretização da refinaria Premium II, no Ceará, em xeque. A Petrobras, contudo, declarou que não confirma as informações divulgadas na última quinta-feira pela Agência Estado de que poderá cortar de seu Plano de Negócios a usina cearense, além da Premium I, no Maranhão e, em último caso, parte do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). E, se o fizer, estará contradizendo o que vem afirmando e reafirmando nos últimos meses a sua presidente, Maria das Graças Foster, de que tais empreendimentos irão, sim, ser realizados.
A matéria da Agência Estado diz que as refinarias seriam descartadas caso não haja um reajuste no preço dos combustíveis de acordo com o previsto no Plano de Negócios 2012-2016 da companhia. Tais empreendimentos integrariam a relação que Foster apresentou, há duas semanas, ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, com os projetos que seriam retirados caso não haja o aumento do diesel e da gasolina.
A informação, contudo, vai de encontro às afirmações que a própria presidente da estatal deu, na semana passada, em evento promovido pela revista britânica The Economist, em São Paulo. "Se eu tivesse uma varinha mágica eu faria qualquer coisa para essas refinarias (as nordestinas, no Ceará, Maranhão e Pernambuco) ficarem prontas, pelo menos, em 5 anos, porque o mercado está extremamente demandado. Nós temos margens positivas de refino no Brasil, independentemente da paridade de preço internacional, e se tivéssemos todas elas hoje certamente estaríamos fazendo um excelente resultado para os nossos acionistas".
"Decisão técnica"
A presidente vem insistindo que a decisão pelas refinarias não é política, mas técnica e estratégica. "A demanda no Norte/Nordeste, em 2020, será de 1,23 milhão de barris de derivados por dia. Considerando a refinaria Abreu e Lima pronta, a capacidade será de 550 mil barris por dia. Teremos um déficit no Norte/Nordeste, em 2020, em torno de 700 mil barris/dia. Fazer essas refinarias no Nordeste é uma questão de atendimento da demanda de mercado".
Quando anunciou o seu último Plano de Negócios, no dia 26 de junho último, a Petrobras gerou polêmica ao colocar as refinarias do Maranhão, Ceará e a segunda etapa do Comperj como projetos "em avaliação". A questão foi agravada com a seguinte afirmação, no plano: "nenhuma nova refinaria será implantada, até que tenhamos confiança de atingir menor Capex (investimento em bens de capital) e retorno adequado".
Após isso, com a pressão política nos estados envolvidos com os empreendimentos, Foster se reuniu com os governadores para esclarecer que havia ocorrido um "mal entendido". A refinaria Premium II está programada para iniciar sua operação em 2018, mas a estatal vem afirmando recentemente que está fazendo esforços para adiantar esse cronograma para 2017.
Uma das estratégias que vem sendo trabalhada para encurtar o cronograma e garantir o financiamento das refinarias é a captação de um sócio estrangeiro. Para a cearense, a Petrobras já vem conversando com a sul-coreana GS Caltex. Mas o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, já informou que a estatal já tem tratativas com outras empresas.
"Há muitas empresas internacionais interessadas. A Petrobras está conversando e poderá chegar a um entendimento com elas. Japão, China, Estados Unidos e outros países já manifestaram seus interesses de se associar", disse recentemente.
Governo
O Diário do Nordeste tentou falar com o governador Cid Gomes na tarde e na noite de ontem, para saber o posicionamento diante da informação do possível corte do projeto. Contudo, sua assessoria de imprensa informou que não tinha como contactá-lo, porque ele havia viajado no início da tarde. A reportagem também procurou com o secretário estadual de Infraestrutura, Adail Fontenele, mas ele não atendeu às ligações a seus celulares.
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