A necessidade é de ter um projeto rentável, e não simplesmente atender (à demanda), disse Graça Foster
Foster: só "daqui a alguns meses", a Petrobras se posiciona sobre quando a Premium II sai de "em avaliação" para passar a "implantação" FOTO: DIVULGAÇÃO fotos: ag. petrobras/ divulgação
Embora mantenha, em seu novo Plano de Negócios, a intenção de iniciar as operações da refinaria Premium II no Ceará em dezembro de 2017, a Petrobras ainda não possui uma data definida para o início das obras.
Durante a divulgação do plano 2013-2017, na manhã de ontem, a presidente da companhia, Graças Foster, afirmou que os projetos da Premium II e de outros empreendimentos em avaliação "amadureceram" em 2012, mas que a estatal ainda espera que eles sejam aperfeiçoados e tenham seus custos reduzidos. "Nós tivemos um ano de trabalho duro (2012), em cima de outro ano (2011), mas não foi suficiente para que a gente traga (o projeto) para o ponto em que a gente quer começar a obra. Mas estamos próximos disso", ressaltou a presidente.
Posição objetiva
Segundo Foster, apenas "daqui a alguns meses", a Petrobras poderá se posicionar, de forma objetiva, sobre quando a Premium II deixará de ser um projeto em avaliação para passar à etapa de implantação. Questionada se as refinarias Premium não estariam ficando de fora dos planos da estatal, negou que isso estivesse acontecendo. "O que eu não posso é construir uma refinaria que ainda não deu tudo de si (no projeto)", ponderou a presidente da estatal durante coletiva à imprensa.
Necessidade
Embora não tenha citado datas para o início da Premium II, a presidente salientou que as refinarias sob análise fazem parte dos planos de aumentar a produção de petróleo nos próximos anos. "Uma coisa que nós aprendemos (em 2012) é o que é não ter essas duas refinarias. E não é bom", frisou. Ela destacou que os empreendimentos ainda sob análise competem entre si, o que exige maior empenho por parte das equipes de engenharia. "E isso também faz os fornecedores trabalharem para viabilizar (os empreendimentos). É uma via de duas mãos", acrescentou.
Também presente à divulgação do Plano de Negócios, o diretor de abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza, informou, sem detalhar eventuais mudanças nos projetos, que a companhia está "vislumbrando grandes oportunidades de redução do custo" das refinarias Premium. A Premium I, no Maranhão, está prevista para iniciar a operação de sua primeira fase em outubro de 2017.
Além das duas unidades, está em avaliação a segunda fase do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), prevista para operar em janeiro de 2018. A segunda fase da Premium I está projetada para operar em outubro de 2020, quando a estatal espera ter produzir 300 mil barris de petróleo por dia.
´Meta permanente´
"Nós já fizemos várias etapas de avaliação dos projetos (Comperj fase 2, Premium I e Premium II) na parte de engenharia básica e, agora, estamos fazendo um estudo aprofundado sobre melhorias no detalhamento destes projetos e a gente espera torná-los economicamente viáveis", revelou o diretor, afirmando, em seguida, que "esta é a meta permanente para estes investimentos".
Ele também destacou que as refinarias sob análise são necessárias à execução deste plano de negócios e às próprias demandas do mercado atendidas pela estatal, e voltou a reforçar a ideia apontada pela presidente de que é preciso tornar os projetos mais viáveis financeiramente. "A necessidade é de ter um projeto rentável, e não simplesmente atender (à demanda)", declarou Graça Foster.
Dilma no Ceará
A presidente Dilma Rousseff não deve mais vir ao Ceará, na próxima sexta-feira, conforme anunciado anteriormente pelo governo estadual. Com isso fica indefinida a agenda da entrega oficial, pelo governo do Estado, à União e Petrobras, do terreno destinado à refinaria Premium II. Na data, a presidente visitaria a Zona de Processamento das Exportações (ZPE Pecém).
"Não há na agenda da presidente Dilma visita a Fortaleza nesta semana",respondeu na tarde de ontem, a Assessoria de Imprensa da Presidência da República, em Brasília.
Foster: só "daqui a alguns meses", a Petrobras se posiciona sobre quando a Premium II sai de "em avaliação" para passar a "implantação" FOTO: DIVULGAÇÃO fotos: ag. petrobras/ divulgação
Embora mantenha, em seu novo Plano de Negócios, a intenção de iniciar as operações da refinaria Premium II no Ceará em dezembro de 2017, a Petrobras ainda não possui uma data definida para o início das obras.
Durante a divulgação do plano 2013-2017, na manhã de ontem, a presidente da companhia, Graças Foster, afirmou que os projetos da Premium II e de outros empreendimentos em avaliação "amadureceram" em 2012, mas que a estatal ainda espera que eles sejam aperfeiçoados e tenham seus custos reduzidos. "Nós tivemos um ano de trabalho duro (2012), em cima de outro ano (2011), mas não foi suficiente para que a gente traga (o projeto) para o ponto em que a gente quer começar a obra. Mas estamos próximos disso", ressaltou a presidente.
Posição objetiva
Segundo Foster, apenas "daqui a alguns meses", a Petrobras poderá se posicionar, de forma objetiva, sobre quando a Premium II deixará de ser um projeto em avaliação para passar à etapa de implantação. Questionada se as refinarias Premium não estariam ficando de fora dos planos da estatal, negou que isso estivesse acontecendo. "O que eu não posso é construir uma refinaria que ainda não deu tudo de si (no projeto)", ponderou a presidente da estatal durante coletiva à imprensa.
Necessidade
Embora não tenha citado datas para o início da Premium II, a presidente salientou que as refinarias sob análise fazem parte dos planos de aumentar a produção de petróleo nos próximos anos. "Uma coisa que nós aprendemos (em 2012) é o que é não ter essas duas refinarias. E não é bom", frisou. Ela destacou que os empreendimentos ainda sob análise competem entre si, o que exige maior empenho por parte das equipes de engenharia. "E isso também faz os fornecedores trabalharem para viabilizar (os empreendimentos). É uma via de duas mãos", acrescentou.
Também presente à divulgação do Plano de Negócios, o diretor de abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza, informou, sem detalhar eventuais mudanças nos projetos, que a companhia está "vislumbrando grandes oportunidades de redução do custo" das refinarias Premium. A Premium I, no Maranhão, está prevista para iniciar a operação de sua primeira fase em outubro de 2017.
Além das duas unidades, está em avaliação a segunda fase do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), prevista para operar em janeiro de 2018. A segunda fase da Premium I está projetada para operar em outubro de 2020, quando a estatal espera ter produzir 300 mil barris de petróleo por dia.
´Meta permanente´
"Nós já fizemos várias etapas de avaliação dos projetos (Comperj fase 2, Premium I e Premium II) na parte de engenharia básica e, agora, estamos fazendo um estudo aprofundado sobre melhorias no detalhamento destes projetos e a gente espera torná-los economicamente viáveis", revelou o diretor, afirmando, em seguida, que "esta é a meta permanente para estes investimentos".
Ele também destacou que as refinarias sob análise são necessárias à execução deste plano de negócios e às próprias demandas do mercado atendidas pela estatal, e voltou a reforçar a ideia apontada pela presidente de que é preciso tornar os projetos mais viáveis financeiramente. "A necessidade é de ter um projeto rentável, e não simplesmente atender (à demanda)", declarou Graça Foster.
Dilma no Ceará
A presidente Dilma Rousseff não deve mais vir ao Ceará, na próxima sexta-feira, conforme anunciado anteriormente pelo governo estadual. Com isso fica indefinida a agenda da entrega oficial, pelo governo do Estado, à União e Petrobras, do terreno destinado à refinaria Premium II. Na data, a presidente visitaria a Zona de Processamento das Exportações (ZPE Pecém).
"Não há na agenda da presidente Dilma visita a Fortaleza nesta semana",respondeu na tarde de ontem, a Assessoria de Imprensa da Presidência da República, em Brasília.
OPINIÃO DO ESPECIALISTA
Postergação e incerteza geram decepção
Jurandir Picanço
Consultor na área de energia da Fiec
Algo que não tem definição de data não deveria estar no Plano (de Negócios), porque parece algo que não é certo de acontecer. Uma refinaria tem impacto positivo. Deixando de acontecer é uma oportunidade perdida, pois movimenta a economia, traz emprego, investimentos, negócios. Todo governante gostaria que acontecesse no seu estado. Deixando de existir, não terá esse impacto. Essa situação já vem há muitos anos, sendo postergada e, para nós, passa a ser uma decepção. É um investimento que o País tem que fazer, para aumentar a capacidade de refino. Quantos anos preparamos a infraestrutura no Pecém e infelizmente se tem uma notícia dessas? Inclusive tomei conhecimento que o governador entregou o terreno há pouco tempo, que tinha pendências em relação a reclamações indígenas. Parecia que a Petrobras estava aguardando a solução para tomar a providência executiva. A decepção é como cidadão, porque a gente sabe que há muito tempo os governadores vêm pleiteando o investimento para o Estado e o governo federal prometendo.
Postergação e incerteza geram decepção
Jurandir Picanço
Consultor na área de energia da Fiec
Algo que não tem definição de data não deveria estar no Plano (de Negócios), porque parece algo que não é certo de acontecer. Uma refinaria tem impacto positivo. Deixando de acontecer é uma oportunidade perdida, pois movimenta a economia, traz emprego, investimentos, negócios. Todo governante gostaria que acontecesse no seu estado. Deixando de existir, não terá esse impacto. Essa situação já vem há muitos anos, sendo postergada e, para nós, passa a ser uma decepção. É um investimento que o País tem que fazer, para aumentar a capacidade de refino. Quantos anos preparamos a infraestrutura no Pecém e infelizmente se tem uma notícia dessas? Inclusive tomei conhecimento que o governador entregou o terreno há pouco tempo, que tinha pendências em relação a reclamações indígenas. Parecia que a Petrobras estava aguardando a solução para tomar a providência executiva. A decepção é como cidadão, porque a gente sabe que há muito tempo os governadores vêm pleiteando o investimento para o Estado e o governo federal prometendo.
Viabilidade sai na metade deste ano
Carlos Cosenza falou sobre os estudos de viabilidade econômica da refinaria cearense Foto: Ag. Petrobras/divulgação
A Petrobras deve saber se o projeto da refinaria Premium II é viável economicamente na metade deste ano. Depois de revelar que o empreendimento e outros dois projetos (Comperj fase 2, no Rio, e refinaria Premium I, no Maranhão) estão passando por um "estudo aprofundado" para torná-las "economicamente viáveis", o diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza, deu um prazo de até julho deste ano para ter o resultado.
"Esses projetos estão, hoje, sob análise e nós esperamos até a metade do ano, em julho, ter uma posição sobre a viabilidade econômica desses projetos", declarou durante a coletiva de imprensa após a apresentação do Plano de Negócios 2013-2017, no início da tarde de ontem, no Rio de Janeiro. Para a refinaria desejada há anos pelo governo cearense, a Petrobras planeja a produção diária de 300 mil barris ao dia - quantidade igual à da segunda fase do complexo do Rio de Janeiro e metade da produção planejada pela estatal para a refinaria maranhense.
PDVSA
Mas não foram só os projetos ainda na prancheta que enfrentam dificuldades no Plano de Negócios 2013-2017. A morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, atrasou mais uma vez a assinatura de um acordo entre a Petrobras e a petroleira venezuelana PDVSA para a construção da refinaria Abreu e Lima, no litoral sul de Pernambuco, segundo informou a presidente da Petrobras, Graça Foster.
Parceria levanta polêmica por ter sido anunciada pelo então presidente Lula em 2006 e nunca foi concretizada. A entrada da PDVSA no projeto, que já está 71% construído, terá que esperar agora um novo encontro entre Graça e o presidente da empresa venezuelana. Para fechar a parceria, a PDVSA precisa ainda apresentar garantias ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ficar com 40% de um empréstimo de R$ 10 bilhões concedido pelo banco à Petrobras, que terá 60% da refinaria.
JOÃO MOURACarlos Cosenza falou sobre os estudos de viabilidade econômica da refinaria cearense Foto: Ag. Petrobras/divulgação
A Petrobras deve saber se o projeto da refinaria Premium II é viável economicamente na metade deste ano. Depois de revelar que o empreendimento e outros dois projetos (Comperj fase 2, no Rio, e refinaria Premium I, no Maranhão) estão passando por um "estudo aprofundado" para torná-las "economicamente viáveis", o diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza, deu um prazo de até julho deste ano para ter o resultado.
"Esses projetos estão, hoje, sob análise e nós esperamos até a metade do ano, em julho, ter uma posição sobre a viabilidade econômica desses projetos", declarou durante a coletiva de imprensa após a apresentação do Plano de Negócios 2013-2017, no início da tarde de ontem, no Rio de Janeiro. Para a refinaria desejada há anos pelo governo cearense, a Petrobras planeja a produção diária de 300 mil barris ao dia - quantidade igual à da segunda fase do complexo do Rio de Janeiro e metade da produção planejada pela estatal para a refinaria maranhense.
PDVSA
Mas não foram só os projetos ainda na prancheta que enfrentam dificuldades no Plano de Negócios 2013-2017. A morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, atrasou mais uma vez a assinatura de um acordo entre a Petrobras e a petroleira venezuelana PDVSA para a construção da refinaria Abreu e Lima, no litoral sul de Pernambuco, segundo informou a presidente da Petrobras, Graça Foster.
Parceria levanta polêmica por ter sido anunciada pelo então presidente Lula em 2006 e nunca foi concretizada. A entrada da PDVSA no projeto, que já está 71% construído, terá que esperar agora um novo encontro entre Graça e o presidente da empresa venezuelana. Para fechar a parceria, a PDVSA precisa ainda apresentar garantias ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ficar com 40% de um empréstimo de R$ 10 bilhões concedido pelo banco à Petrobras, que terá 60% da refinaria.
REPÓRTER
PT: Aparelhamento, decisões políticas mau fundamentadas e gestões incompetentes estão levando a Petrobras à falência!
ResponderExcluirPobres acionistas!