O presidente da Abrazpe, Helson Braga, diz que a
ZPE do Pecém será um marco divisor da história do desenvolvimento
econômico do Ceará, pois remove alguns dos mais sérios fatores de
inibição do investimento industrial
A Zona de Processamento de Exportações (ZPE) do Pecém só aguarda a
publicação no Diário Oficial da União para começar a funcionar, o que
deve acontecer hoje. Para o presidente da Associação Brasileira de ZPEs
(Abrazpe), Helson Braga, a ZPE criará dinamismo na cadeia de produção
cearense.
Segundo ele, a ZPE será, fundamentalmente, um lugar
de processamento de matérias primas do Ceará, de outros estados e do
exterior. “Hoje, essas matérias-primas tendem a ser exportadas como
commodities, com um mínimo de agregação de valor. Então, na medida em
que essas matérias primas venham a ser industrializadas na ZPE,
estaremos criando empregos (e valor adicionado, de uma maneira mais
geral) na ZPE e nas regiões de onde essas matérias primas procedem,
inclusive, e especialmente, no Ceará”, afirma.
Cadeia
A
criação de uma demanda por essas matérias primas funciona, segundo
Braga, como um estímulo para o aumento de sua produção, gerando mais
empregos. “Os milhares de trabalhadores que forem envolvidos nessa
cadeia de produção, estarão comprando em supermercados, shoppings etc,
criando novas oportunidades de negócios e geração de renda. É esse
efeito sinérgico que faz as ZPEs serem consideradas uma dos mais
eficientes instrumentos de desenvolvimento, hoje, utilizado por mais de
130 países no mundo, especialmente a China e os Estados Unidos”.
O
presidente da Abrazpe diz que a ZPE do Pecém será um marco divisor da
história do desenvolvimento econômico do Ceará. Segundo ele, as Zonas de
Exportação removem alguns dos mais sérios fatores de inibição do
investimento industrial, na medida em que eliminam impostos,
flexibilizam o câmbio, diminuem a burocracia e, sobretudo, asseguram
estabilidade das “regras do jogo” por 20 anos.
“Por vezes,
elas são até mais importantes do que os incentivos oferecidos. E as
empresas lá instaladas podem vender até 20% de sua produção no mercado
interno (pagando, evidentemente, todos os impostos devidos), percentual
este que aumentará para 40% até o final deste ano. É isso que estará
acontecendo no Pecém, no Ceará”.
As empresas localizadas em
ZPE terão inteira liberdade de comprar seus insumos aqui ou no exterior,
o que, segundo Braga, será um estímulo para que os produtores nacionais
sejam competitivos. Se não o forem, essas empresas vão comprar no
exterior. “Nesse caso, a tarifa não será reduzida, será zero”. (Rebecca Fontes)
Por quê
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As
Zonas de Processamento de Exportação são consideradas um dos mais
eficientes instrumentos de desenvolvimento, hoje, utilizado por mais de
130 países no mundo, especialmente China e EUA
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