Internos na Casa de Privação Provisória de Liberdade em Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, iniciaram na manhã deste domingo uma rebelião em protesto contra a suspensão das visitas e pela falta de comida para atender a demanda. Para conter o tumulto, a Polícia Militar foi acionada.
O movimento acontece um dia depois de os agentes penitenciários entrarem em greve, pedindo ao governo do Ceará o cumprimento do acordo firmado através da Secretaria de Justiça do Estado. Segundo a presidente do Sindicato dos Agentes e dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário do Ceará (Sindasp/CE), Socorro Marques, alguns deputados estaduais já tentam intermediar a negociação com o executivo.
Na tarde de sábado outras duas rebeliões marcaram o dia. Em Sobral, na região norte do Estado, e também em Horizonte, onde houve uma tentativa de fuga em massa. No último episódio, dois detentos acabaram baleados.
A Secretaria de Justiça do Ceará informou que um esquema especial foi montado para garantir a segurança nas unidades carcerárias e que, apesar das rebeliões, as visitas estão mantidas para este domingo. Disse ainda que as reinvindicações da categoria aguardam apenas o trâmite burocrático para serem aprovadas na Assembleia Legislativa do Ceará.
De acordo com o Sindasp/CE o sistema carcerário do Ceará abriga uma população de cerca de 17 mil internos, enquanto que o efetivo por plantões para gerir o sistema é de 176 profissionais. Ainda de acordo com a presidente do sindicato, o agentes carcerários cearenses possuem o 8º pior salário do país.
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