A CPI Mista do Cachoeira já acumula 167 requerimentos apresentados
pelos senadores e deputados integrantes do colegiado. Isso em menos de
uma semana depois de ter ido instalada oficialmente. São pedidos de
documentos sigilosos, convocações de depoentes e solicitações de quebras
de sigilos fiscais e bancários.
Entre os depoimentos, os parlamentares demonstraram que fazem questão
de ouvir Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (sem
partido-GO). Também estão na lista o sócio majoritário da Delta
Construções, Fernando Cavendish; o engenheiro Cláudio Abreu, ex-diretor
regional da Delta; o contador Geovani Pereira da Silva, apontado como
tesoureiro do esquema de Cachoeira; os governadores de Goiás, Marconi
Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT); o
procurador-geral da República, Roberto Gurgel; e até o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo.
São muitos também os pedidos de quebra de sigilos bancário e fiscal.
Estão no alvo dos parlamentares, além de nomes indicados pela PF com
algum tipo de ligação com Cachoeira, a Delta Construções e a Alberto
& Pantoja Construções e Transportes Ltda, considerada empresa de
fachada para receber dinheiro “sujo” vindo da Delta.
Entre os senadores, o que apresentou o maior número de requerimentos
foi Alvaro Dias (PSDB-PR), com 31. A seguir, vem Randolfe Rodrigues
(PSOL-AP), com quatro, e Fernando Collor (PTB-AL), com três. Todos eles
também pedem informações, oitivas de testemunhas e de indiciados ou
quebras de sigilos. Por enquanto, a CPI mista aprovou apenas um
requerimento, em sua primeira reunião, na terça-feira, com pedido de
informações ao Supremo Tribunal Federal (STF), à Procuradoria-Geral da
República (PGR) e à Polícia Federal sobre as operações Vegas e Monte
Carlo.”
(Com Agências)
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