sábado, 24 de novembro de 2012

Macarrão e Fernanda condenados

Macarrão cumprirá 15 anos de prisão. A ex-namorada de Bruno pegará cinco anos em regime semiaberto
Contagem (MG). Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes, foram condenados na noite de ontem pela morte e desaparecimento de Eliza Samudio, em junho de 2010.

O amigo e ex-secretário de Bruno recebeu a sentença de 15 anos de prisão. A confissão do crime atenuou a pena FOTO: AGÊNCIA ESTADO

A sentença lida pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues determina que Macarrão terá de cumprir 15 anos de prisão. Já a ex-namorada de Bruno cumprirá cinco anos em regime semiaberto. Ele foi condenado pelo sequestro, cárcere privado e morte de Eliza, além do sequestro e cárcere de seu filho Bruninho. Macarrão foi inocentado da acusação de ocultação do cadáver.

Fernanda foi condenada pelos crimes de sequestro e cárcere privado de Eliza e seu filho, hoje com dois anos e meio de idade.

A decisão dos sete jurados - seis mulheres e um homem- saiu após cinco dias de julgamento, que foi marcado por tumultos, troca de advogados e desmembramento de processos.

A expectativa agora é para saber como a decisão de ontem vai influenciar o julgamento de Bruno, de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e Dayanne de Souza, ex-mulher do jogador, que foi adiado para 4 de março.

Versão inventada
O promotor que atua no caso Eliza Samudio refutou ontem histórias contadas pelo réu Luiz Henrique Romão, o Macarrão (amigo e ex-secretário de Bruno Fernandes). O promotor Henry Wagner de Castro pediu que o júri condenasse o réu.

Para o promotor, a versão de que Macarrão apenas levou Eliza para um assassino que não identificou, ficando fora da cena do crime, é uma história inventada. "A confissão do Macarrão é inteligentemente planejada", disse. O fato de Macarrão ter confessado participação, contudo, atenuou a pena.

A própria juíza disse ao réu que isso seria "enormemente considerado".

A defesa de Macarrão disse que o inquérito policial, no qual o promotor se baseou para o acusar, é "atabalhoado e viciado".

O advogado Leonardo Diniz afirmou que seu cliente seguia ordens do goleiro Bruno, pois era "serviçal" e "faz-tudo" dele.

Terminou, por volta das 20h57 (horário de Brasília), a fase de debates do julgamento do desaparecimento e morte de Eliza. Os jurados se reuniram na sala secreta do fórum de Contagem, região metropolitana de BH, para decidir o destino de Macarrão e de Fernanda.

O promotor Henry Wagner de Castro exibiu, durante o julgamento o álbum de fotografias do filho de Eliza encontrado nas imediações do sítio do goleiro Bruno Fernandes, o suposto mandante do crime.

Na réplica dos debates entre acusação e defesa, o promotor citou que o álbum foi encontrado pela reportagem da Folha de S.Paulo em julho de 2010, com fotos queimadas, e entregue à Polícia Civil. Segundo o promotor, as imagens de Bruninho são as mesmas encontradas no computador de Eliza. Ele exibiu aos jurados as fotos queimadas e as do computador. 

dn

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