segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Moradores cobram semáforo no Tabapuá

Moradores das proximidades do quilômetro 4 da BR-020, em Caucaia, bloquearam o trânsito em manifestação pela instalação de um semáforo.
Um semáforo. Esse é o principal pedido das famílias do bairro Parque das Nações, limite entre Caucaia e Fortaleza. Como forma de protestar e chamar a atenção para a necessidade da comunidade, centenas de pessoas realizaram manifestação no km 4 da BR-020. Com balões brancos, apitos e muitos cartazes, realizaram diversos bloqueios do tráfego na rodovia, na tarde de ontem.

Moradores do local necessitam atravessar a BR-020 todos os dias para estudar, trabalhar, realizar compras. E, mês a mês, a comunidade precisa contabilizar as mortes por atropelamentos. A última foi de uma criança de 11 anos.

Somente este ano, segundo os moradores, foram 37 mortes no trecho do km 4 da BR-020. Cada participante da manifestação lembrava com facilidade de amigos e familiares que morreram na tentativa de atravessar as pistas da rodovia federal.

Maria de Fátima Rodrigues perdeu um filho de 28 anos em um atropelamento há quatro anos. O marido e outros dois filhos também já foram atropelados no local, mas sobreviveram. “Tenho um filho de 16 anos que atravessa todo dia para ir ao colégio. Fico com muito medo”, comentou, durante o ato.

Em um dos cartazes, segurado por uma criança, o medo e a sensação de esquecimento eram expressados por meio de uma pergunta: “Precisará outra vítima?”. A implantação de um semáforo no local é cobrada, pelos moradores, ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

O policial rodoviário federal Ricardo Torres, que integrava a equipe que ficou no local para garantir a segurança das pessoas, comentou que o trecho é realmente crítico e não possui locais de passagem para os pedestres.

Comunidade esquecida
Maria de Sousa, que mora no local com filhos e netos, ressaltou que a comunidade é esquecida, desprovida de praças, postos, escolas, o que torna obrigatória a travessia em busca desses serviços. 

Muitos também lembraram que, no km 3 da rodovia, há sinal e faixa de  pedestre e que a única passarela da área fica a quase um quilômetro de distância do local em que os moradores passam. Nesse pequeno trecho da rodovia - que corta trecho urbanizado, como acontece com a BR-116 -, a vida é arriscada no simples ato de ir e vir.

o povo

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