Ao menos 32 chineses e quatro norte-coreanos morreram em um acidente
com um ônibus de turistas ocorrido na noite de domingo na Coreia do
Norte, segundo a chancelaria chinesa. Outros dois chineses ficaram
feridos, informou a fonte, sem dar mais detalhes sobre as circunstâncias
do desastre, ocorrido no sul do país.
A televisão estatal chinesa
CGTN informou no Twitter sobre a queda de um ônibus de uma ponte,
provocando mais de 30 mortes, mas pouco depois o tuíte foi deletado.
Mencionando o acidente, a tv estatal chinesa CCTV difundiu imagens de um
grande veículo tombado e cercado or veículos de emergência e um médico
atendendo um ferido, mas não precisou a procedência das imagens. Segundo
as autoridades chinesas, o acidente aconteceu na província de Hwanghae
Norte, ao sul da capital norte-coreana e fronteira com a Coreia do Sul.
A
região inclui a cidade de Kaesong, famosa por seus pintorescos bairos
antigos, e abriga uma vasta zona industrial intercoreana, onde as
fábricas sul-coreanas empregam trabalhadores do Norte. Seul havia
fechado esta área em 2016 em resposta a um novo teste nuclear de
Pyongyang. O grupo de chineses viajava de Kaesong para Pyongyang quando
aconteceu o acidente, segundo o portal de notícias independente NK News,
que não identificou suas fontes.
"Trabajamos estreitamente com a
Coreia do Norte para determinar as causas do acidente", afirmou Lu Kang,
porta-voz do ministério das Relações Exteriores. A China enviou uma
equipe que inclui pessoal médico para ajudar a Coreia do Norte nas
operações de resgate, acrescentou Lu durante a coletiva de imprensa, em
que não deu detalhes sobre as circunstâncias da catástrofe. A grande
maioria dos turistas estrangeiros que visita a Coreia do Norte é de
chineses, já que ambos países mantêm vínculos desde a Guerra Fria,
compartilham uma extensa fronteira terrestre e possuem voos entre os
dois. Os turistas ocidentais somam 5.000 por ano, mas esta cifra deve
ser menor devido à proibição de viajar para o país imposta pelos Estados
Unidos, de onde proveem 20% dos visitantes.
As estradas na Coreia do Norte são, em sua maioria, precárias e cheias de buracos.
Na
maioria das vezes, não possuem asfalto. Muitas pontes estão fora de
serviço e os carros são obrigados a dar a volta aos rios. No entanto, na
estrada onde ocorreu o acidente, segundo informações, é uma das
melhores do país. A estrada que liga o norte ao sul cobre o percurso
entre Sinuiju, na fronteira com a China, até a Zona Desmilitarizada, no
limite com a Coreia do Sul.]
O POVO AFP
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