Advogado, vereador de Caucaia e membro do Conselho Nacional de Política
Indigenista, Weiber Tapeba defende hoje, na celebração do Dia do Índio,
19 de abril, mudança na abordagem escolar que reforça "estereótipos e
preconceitos" sobre os povos indígenas e cobra agilidade na
regularização das terras das comunidades
Ceará 247 - O vereador Weiber Tapeba (PT),
de Caucaia, destaca hoje, na celebração do Dia do Índio, 19 de abril,
mudança na abordagem escolar que reforça "estereótipos e preconceitos"
sobre as comunidades indígenas.
"No dia em que os índios são homenageados no Brasil, é comum que
estereótipos e preconceitos sejam reforçados em salas de aula. Crianças
são incentivadas a “brincar de índio”, com penas e reproduzindo no corpo
pinturas tradicionais feitas de tinta guache. Lideranças indígenas do
Ceará criticam essa abordagem e esperam que o ensino e a reflexão sobre
sua história e cultura não se limitem ao 19 de abril."
Weiber é advogado, vereador de Caucaia e integra o Conselho Nacional de Política Indigenista.
Também, em artigo publicado hoje, no jornal O Povo, o vereador cobra
agilidade na regularização das terras dos povos indígenas, no Ceará.
"Todo dia é Dia de Índio. Terra Demarcada, vida garantida" afirma o
vereador.
Segundo ele, das 23 contabilizadas pelo movimento indígena, apenas a
dos Tremembés do Córrego João Pereira, em Itarema, está devidamente
regularizada, enquanto que as demais estão em estágios diferentes de
regularização ou sem nenhuma providência.
Weiber diz ainda que "estima-se que 42 povos habitavam a região que
atualmente corresponde ao Ceará. Atualmente, existem 14 povos indígenas
no Estado, com uma população de 33.048 indivíduos, distribuídos em 20
municípios".
Weiber também cobra respeito ao patrimônio cultural. "No Abril
Indígena é importante reforçar o patrimônio cultural dos povos indígenas
contrapondo uma abordagem equivocada feita no Dia do Índio, em que nós
indígenas estamos vinculados a passado distante ou a estereótipo que
teima em residir no imaginário das pessoas. Os rituais sagrados,
medicina tradicional, culinária, pinturas, espiritualidade, são partes
integrantes de identidades que cada povo construiu ao longo de sua
história. Nós resistimos por meio da memória dos nossos ancestrais. Os
ensinamentos dos nossos “troncos velhos”, a espiritualidade bastante
presente precisam ser respeitadas".
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