sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Mudança aprovada hoje acaba aposentadoria integral e cria fundo complementar

As mudanças na Previdência estadual aprovadas nesta quinta-feira, 8, pela Assembleia Legislativa do Ceará não irão mexer com a situação de quem já está no serviço público estadual. Porém, as três mensagens aprocadas irão alterar profundamente as regras para quem ingressar nos quadros do Governo do Estado de agora em diante. Serão afetados os futuros concursados e quem for convocado para o funcionalismo do Ceará após a publicação das novas regras.
 
ENTENDA O QUE MUDA
 
- Regra atual
 
Servidor contribui com 13% da remuneração e se aposenta com valor do salário integral. (Já estava aprovado que percentual passaria a 14% a partir de 2019).
 
- Como passa a ser
 
1. Teto
 
Passa a ser aplicado teto igual ao do INSS - hoje de R$ 5.645,80. Esse passa a ser o limite do valor das aposentadorias pelas contribuições convencionais. O percentual de desconto também incide até o limite desse valor.
 
2. Aposentadoria complementar
 
É criada previdência complementar para quem ganha acima do teto do Regime Geral de Previdência. A adesão é opcional. Quem quiser receber aposentadoria acima dos R$ 5.645,80 contribuirá, além dos atuais 13% sobre o valor do teto, com valor extra para fundo complementar. O valor fica a critério do servidor. O governo contribuirá com o mesmo percentual que o servidor, até o limite de 8,5%. Esse valor funciona como fundo de investimento, cujo valor dos rendimentos poderá usar na aposentadoria para ter patrimônio além do teto de R$ 5.645,80.
 
Então, o rendimento do servidor estadual que ganha acima do teto e decide aderir ao fundo complementar passa a ser equivalente ao teto do INSS - R$ 5.645,80 - mais o aplicado no fundo complementar, acrescido dos rendimentos do período.
 
3. Quem é afetado
 
As mudanças atingem quem ingressar no serviço público estadual a partir da publicação das leis aprovadas nesta quinta-feira, 8.
 
Mudanças aprovadas há cinco anos
 
As mudanças aprovadas nesta quinta-feira, 8, regulamentam mudanças aprovadas há cinco anos na Assembleia Legislativa, mas que nunca haviam entrado em vigor por falta de regulamentação.
 A medida segue o modelo federal. Em 2012, reforma previdenciária proposta pelo governo Dilma Rousseff (PT) e aprovada no Co0ngresso Nacional acabou com a Previdência integral no âmbito da União e criou a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público da União (Funpresp). As regras do Estado seguem o modelo da União.
 
Além disso, nesta quinta-feira, a Assembleia Legislativa aprovou a criação de duas entidades: a Fundação de Previdência Social do Ceará (Cearaprev), que atuará na gestão da aposentadoria regular dos servidores, até o teto, e a Fundação de Previdência Complementar do Ceará (CE-Prevcom), que cuidará desse fundo complementar.
 
Redação O POVO Online
 

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