As mudanças na Previdência estadual aprovadas nesta quinta-feira, 8, pela Assembleia Legislativa do Ceará não
irão mexer com a situação de quem já está no serviço público estadual.
Porém, as três mensagens aprocadas irão alterar profundamente as regras
para quem ingressar nos quadros do Governo do Estado de agora em diante.
Serão afetados os futuros concursados e quem for convocado para o
funcionalismo do Ceará após a publicação das novas regras.
ENTENDA O QUE MUDA
- Regra atual
Servidor
contribui com 13% da remuneração e se aposenta com valor do salário
integral. (Já estava aprovado que percentual passaria a 14% a partir de
2019).
- Como passa a ser
1. Teto
Passa
a ser aplicado teto igual ao do INSS - hoje de R$ 5.645,80. Esse passa a
ser o limite do valor das aposentadorias pelas contribuições
convencionais. O percentual de desconto também incide até o limite desse
valor.
2. Aposentadoria complementar
É
criada previdência complementar para quem ganha acima do teto do Regime
Geral de Previdência. A adesão é opcional. Quem quiser receber
aposentadoria acima dos R$ 5.645,80 contribuirá, além dos atuais 13%
sobre o valor do teto, com valor extra para fundo complementar. O valor
fica a critério do servidor. O governo contribuirá com o mesmo
percentual que o servidor, até o limite de 8,5%. Esse valor funciona
como fundo de investimento, cujo valor dos rendimentos poderá usar na
aposentadoria para ter patrimônio além do teto de R$ 5.645,80.
Então,
o rendimento do servidor estadual que ganha acima do teto e decide
aderir ao fundo complementar passa a ser equivalente ao teto do INSS -
R$ 5.645,80 - mais o aplicado no fundo complementar, acrescido dos
rendimentos do período.
3. Quem é afetado
As mudanças atingem quem ingressar no serviço público estadual a partir da publicação das leis aprovadas nesta quinta-feira, 8.
Mudanças aprovadas há cinco anos
As mudanças aprovadas nesta quinta-feira, 8, regulamentam mudanças aprovadas há cinco anos na Assembleia Legislativa, mas que nunca haviam entrado em vigor por falta de regulamentação.
A medida segue o modelo federal. Em 2012, reforma previdenciária
proposta pelo governo Dilma Rousseff (PT) e aprovada no Co0ngresso
Nacional acabou com a Previdência integral no âmbito da União e criou a
Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público da União
(Funpresp). As regras do Estado seguem o modelo da União.
Além
disso, nesta quinta-feira, a Assembleia Legislativa aprovou a criação
de duas entidades: a Fundação de Previdência Social do Ceará
(Cearaprev), que atuará na gestão da aposentadoria regular dos
servidores, até o teto, e a Fundação de Previdência Complementar do
Ceará (CE-Prevcom), que cuidará desse fundo complementar.
Redação O POVO Online
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