domingo, 8 de abril de 2018

Como Lula pode influenciar a união das esquerdas

Prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ocorreu ontem após dois dias do decreto expedido pelo juiz federal Sergio Moro, deixou um legado de unidade dos partidos de esquerda. 
A união acontece entre partidos que estiveram de lados contrários do Congresso Nacional até o ano passado, como é o caso do PSB, que apoiava o governo de Michel Temer. Acontece também entre siglas que romperam, como o Psol, nascida de um racha do PT.  
A unificação não significa, necessariamente, fortalecimento — sobretudo na perspectiva eleitoral. A tática, porém, faz mais barulho em um momento onde seu principal líder encontra-se ameaçado de não conseguir ir às urnas em outubro.  
Há quem acredite, inclusive, que a prisão do petista nem altere tanto assim o cenário eleitoral. É o que analisa o professor de Ciência Política do Ibmec-MG Adriano Gianturco. “Quando foi condenado em segunda instância, Lula já ficou de fora das eleições. A prisão apenas dificulta ainda mais o seu apoio direto, participando de eventos e de programas, a um outro candidato”, afirma. 
Nem todos têm essa certeza, porém. Para alguns cientistas políticos, o momento é de reorganização das esquerdas, que não viram outra saída a não ser ficarem juntas, ao menos por enquanto.
 Manuela D’avila, Lula e Guilherme Boulos, cada um representando um partido, simbolizam o momento de reaproximação na esquerda
LETÍCIA ALVES

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