Com a escalada do preço do barril de petróleo no mercado internacional, a gasolina continua subindo no Brasil, impactando fortemente o consumidor no Ceará, que já tem o terceiro litro mais caro entre os estados. Os postos cearenses estão vendendo o produto por um valor médio de R$ 4,56, atrás apenas do Acre (R$ 4,88) e Rio de Janeiro (R$ 4,72). O valor mais barato é vendido em Santa Catarina (R$ 3,89).
Nas últimas quatro semanas, o preço médio do produto no Ceará saltou 5%, saindo de R$ 4,35 para R$ 4,56. No entanto, o consumidor pode encontrar o litro da gasolina a valores que variam de R$ 4,24 a R$ 4,70, uma diferença de 10,8%. Os dados são do último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no período de 6 a 12 de maio.
A gasolina mais em conta, de R$ 4,24, está sendo comercializada por um posto localizado em Canindé, município do sertão do Ceará. Já o produto mais salgado é vendido por um estabelecimento que funciona na cidade de Juazeiro do Norte, na região do Cariri.
Em Canindé, dois postos vendem o litro da gasolina a R$ 4,24, ambos de bandeira branca. Um fica situado na avenida São Francisco, no bairro Boa Vista. O outro funciona na Rua Joaquim Magalhães, no Centro da cidade. Quanto à gasolina mais cara, de R$ 4,70 em Juazeiro do Norte, o posto é de bandeira Petrobras e está localizado na avenida Padre Cicero, no bairro Salesiano.
Em Fortaleza, o impacto no bolso do consumidor também é grande. Assim como o Ceará, o atual preço médio da gasolina na Capital é de R$ 4,56. O valor, porém, pode ser encontrado de R$ 4,29 a R$ 4,59, uma variação de 7,2%. Na Cidade, vários estabelecimentos, de diferentes bandeiras, praticam o preço máximo. Ficam espalhados por diversos bairros, como Aldeota, Meireles, Mondubim, Fátima, Barra do Ceará, Mucuripe e Jacarecanga.
A capital cearense aparece também com o terceiro combustível mais caro no Brasil entre as capitais, atrás do Rio Branco (R$ 4,87) e Rio de Janeiro (R$ 4,68). Já o valor médio mais barato está na capital São Luís (R$ 3,78).
Na avaliação de Manuel Novais, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará (Sindipostos-CE), a alta do valor da gasolina é “péssima”, mas não depende dos postos de combustível. Ele destaca que há uma série de implicações e custos que devem ser esclarecidos à população, em termos de dificuldades na logística e carga tributária.
A alta tem impactado nas contas dos estabelecimentos. O gestor observa uma queda de 15% a 20% nas vendas de janeiro até maio nos postos do Estado. “As vendas estão caindo, os clientes estão insatisfeitos e os postos também”. Sobre o cenário futuro, Manuel diz que é de incerteza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário