A primeira-dama Erika Amorim entregou nesta terça-feira (31/10) a certificação internacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) ao núcleo gestor da Escola de Ensino Infantil e Ensino Fundamental (EEIEF) Manoel Rocha, situada no Nova Metrópole. Trata-se da única escola do Ceará com esse reconhecimento. Ela visitou a unidade acompanhada da secretária municipal de Educação, professora Lindomar Soares.
O projeto que rendeu à escola a certificação surgiu da necessidade de resolver o problema da ausência dos alunos nas salas de aula em decorrência das doenças causadas pelo Aedes aegypti. Por meio do programa, os estudantes promoveram ações de combate ao mosquito, que transmite a dengue, a zika e a febre chikungunya, no entorno da escola.
Além disso, foram realizados trabalhos dentro da escola para sensibilizar os jovens. “É possível trabalhar com mais respeito, inclusão e oferecer à população saúde e educação de mais qualidade. Queria parabenizar a equipe que se uniu e conseguiu mostrar que é possível, colocando amor e desejando de fato que aconteça e se torna realidade”, destacou.
Já Lindomar Soares enalteceu a parceria da atual gestão municipal com os professores. “A Secretaria de Educação tem que viver em função da Escola. Nós recebemos apoio incondicional do prefeito [Naumi Amorim] para realizarmos um ensino que se aproxime mais das pessoas”, frisou.
Na EEIEF Manoel Rocha, o projeto que chamou a atenção da Unesco envolveu 128 alunos do primeiro ao quinto ano. Eles desenvolveram vários trabalhos dentro e fora da escola. Foram elaborados conteúdos para divulgação em rádio, ministradas palestras sobre saúde, feitas ações na comunidade, promovido movimento cívico temático, executada coleta de dados da comunidade e gincanas culturais.
A coordenadora de Programa e Projetos da SME, Andrea Herculano, explica que em matemática, por exemplo, foram desenvolvidas estatísticas de infestação do Aedes aegypti. Já em língua portuguesa, os alunos elaboraram redações, cartazes, paródias e até encenações de teatro. “Em todos os locais, os estudantes divulgaram o projeto e atenderam a toda demanda da comunidade. Eles tomaram a frente e conseguiram”, ressaltou.
Andrea Herculano acrescenta que os benefícios da escola ter a certificação PEA da Unesco é o trabalho ser reconhecido por uma instituição internacional criteriosa. “Ter um projeto reconhecido pela Unesco é formidável. Representa o reconhecimento do trabalho e do protagonismo dos alunos nesta iniciativa”, concluiu.
O PROGRAMA
O Programa de Escolas Associadas da Unesco (PEA, conhecido como Associated Schools Project Network ou ASPnet, em inglês) foi criado em 1953 com o objetivo de trabalhar a ideia da cultura e da paz. As certificações são concedidas mediante candidaturas enviadas para a coordenação nacional da Unesco em São Paulo.
O estabelecimento de ensino associado recebe um certificado internacional de escola membro e tem o direito de utilizar a logo do PEA e do Ano Internacional em vigor. Além disso, pode receber materiais produzidos pela Unesco e participar de concursos internacionais lançados pela Organização. O programa também contempla a possibilidade dos alunos serem convidados para viagens internacionais.
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