Professores da rede municipal de ensino de Fortaleza protestaram, na manhã desta terça-feira, 19, contra o aumento da carga horária de trabalho de 200 para 240 horas mensais. Diante da manifestação, o projeto foi alterado e a carga horária foi mantida em 200 horas mensais.
Segundo a diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute) Gardênia Baima, o aumento de carga horária foi incluído no projeto encaminhado à Câmara como parte do acordo para o fim da greve que ocorreu entre abril e maio deste ano.
A proposta concede aos servidores do magistério e assistentes da educação infantil aumento de 6,81%, além do reajuste geral de 2,95%, concedido ao conjunto dos servidores. O acréscimo tem objetivo de complementar o reajuste do Piso Nacional do Magistério fixado pelo Ministério da Educação para 2018. Porém, conforme a sindicalista, a proposta incluiu também o aumento do expediente de trabalho, o que,s egundo ela, "gerou uma confusão".
"O Piso Nacional do magistério diz que toda a jornada dos professores especialistas em todo o Brasil deve ser de 100 horas ou 200 horas", afirmou. Pelo texto, da forma como estava, passava para 120 ou 240 horas.
"Nós estamos defendendo um direito nosso. O atual gestor da Prefeitura de Fortaleza está querendo que nós voltemos a trabalhar aos sábados", reclamou a professora Ana Lúcia Alves.
Os professores permaneceram em greve durante 22 dias, entre abril e maio. Eles reivindicavam melhorias na infraestrutura nas escolas, reajuste salarial compatível com a lei do piso dos docentes e o pagamento das pecúnias - remuneração relativa a licenças anuais.
Redação O POVO Online
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