A Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil do Rio de
Janeiro encontrou 117 fuzis desmontados, do modelo M-16, na casa de
Alexandre Mota de Souza, amigo do policial militar Ronnie Lessa no
Méier, no Rio de Janeiro. O PM é apontado pelo DH e pelo Ministério
Público como o indivíduo que atirou na vereadora Marielle Franco e no
motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018.
O secretário de Polícia Civil, Marcos Vinícius Braga, diz que esta é a maior apreensão de fuzis da história do Estado.
As armas sem os canos eram todas novas e estavam
escondidas em caixas em um guarda-roupa. O dono da casa disse aos
agentes que recebeu as caixas do amigo com um pedido para guardá-las e
não abri-las.
"Alexandre é amigo do Lessa há anos e ele fez apenas um
favor em colocar essas encomendas, porque ele não sabia do que se
tratava, no seu apartamento. Ele ficou surpreso ao saber do conteúdo,
mas ele não tem nada a ver com esse episódio lamentável da vereadora",
disse seu advogado.
A ocorrência faz parte da Operação Lume que, na manhã
desta terça, 12, que cumpriu um dos 32 mandados de busca e apreensão no
local.
No Méier, além da grande quantidade de armas, foram
encontradas munições em determinado endereço, segundo a polícia, ligado
ao Ronnie Lessa.
Também foram encontrados R$ 112 mil na ação. Destes, R$ 50 mil estavam na casa dos pais de Ronnie e R$ 60 mil em seu carro.
Policiais explicam que quantidade encontrada "dá para
fazer muito fuzil". As armas estavam em caixas espalhadas em cômodos de
uma casa no Méier. Agora, a Polícia investiga se a casa era esconderijo
de armas traficadas supostamente por Lessa.
Redação O POVO Online
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