quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Bebê prematura nascida com 620g no HRN recebe alta após três meses de internação


 Nascida prematura de 24 semanas de gestação, pesando apenas 620 gramas, Maria Ritta passou por muitos desafios até receber alta. A mãe da criança, a dona de casa Francisca Leiliane Miguel de Alcântara, de 37 anos, tinha um mioma no útero e, por isso, o parto foi realizado antes do tempo previsto, no dia 5 de maio, no Centro de Parto Normal do Hospital Regional Norte (HRN), da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).

A bebê precisou ser internada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e depois passou por outros setores da Neonatologia do HRN. Após três meses e 12 dias de internação, as duas puderam ir para casa. A alta ocorreu sob aplausos da equipe na terça-feira (17). Na saída, a criança estava com pouco mais de 2,5 kg.

Leiliane ressalta que viveu momentos difíceis quando a filha ainda estava na Utin, mas foi apoiada por toda a equipe. “Só tenho a agradecer a todos do hospital que me deram apoio, que me acolheram. Aqui, eu me senti em casa e, graças a Deus, agora vou levar minha filha para casa”, destaca. O esposo de Leiliane, Edvaldo Carlos de Alcântara, de 34 anos, lembra que acompanhou o parto e ficou em contato para apoiá-la. “Eu sempre ligava para ela e dizia que o pior já tinha passado”, lembra o pedreiro.

Segundo a médica neonatologista do HRN, Renata Freitas, o serviço da Neonatologia vem evoluindo para a recuperação das crianças prematuras. “As altas de bebês nascidos tão prematuros estão cada vez mais frequentes”, pontua.

Prematuridade

Freitas explica que o melhor para a criança é nascer dentro do período esperado, a partir das 37 semanas de gestação. “Quanto mais tempo no útero, melhor será a evolução da criança. Um prematuro pode sofrer problemas pela falta de maturidade dos órgãos e ter acometimentos renal, neurológico e pulmonar”, alerta.

Em muitos casos, a prematuridade pode ser evitada com um pré-natal adequado, que possa identificar doenças pré-existentes e infecções, além de um planejamento dos filhos, de acordo com a médica. A médica destaca que, durante a pandemia de Covid-19, houve uma elevação no número de crianças nascidas prematuramente. “Percebemos um aumento no número de nascimentos prematuros durante a pandemia, tendo como causas não apenas as mães que tiveram a doença, mas também doenças crônicas não controladas durante o pré-natal e gravidezes não planejadas”, avalia.

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