quinta-feira, 25 de julho de 2019

Justiça nega pedido de anulação da sessão que afastou prefeito de Uruburetama

A Justiça negou o pedido da defesa do prefeito afastado José Hilson de Paiva, nesta quarta-feira (24), para anular a sessão que afastou o gestor no dia 15 deste mês. Os vereadores aprovaram por unanimidade a abertura de investigação por crimes sexuais atrelados ao médico no exercício da função. 
Para o juiz da Comarca do município, José Cleber Moura do Nascimento, "a administração segue em sua normalidade, inclusive na condução do Poder Executivo pelo seu substituto legal, não acarretando qualquer prejuízo aos administrados". Nesta quinta-feira (25), o juiz também negou pedido da defesa do prefeito de prisão domiciliar.
A defesa de Hilson argumentou, no mandado de segurança, que não havia "qualquer previsão no Regimento Interno da Câmara para o afastamento temporário do prefeito" e apontou "o cristalino interesse político por trás da suspensão (do mandato), tendo em vista o horário totalmente atípico do funcionamento da Câmara".
Denúncias
O Sistema Verdes Mares teve acesso a 63 vídeos, feitos entre 2009 e 2012 com, pelo menos, 23 mulheres, além de dezenas de fotos de partes íntimas de pacientes tiradas pelo ginecologista durante exames em Uruburetama e Cruz. 
Dessas, pelo menos 17 foram claramente abusadas. A reportagem ouviu seis vítimas nas duas cidades e teve acesso a relatos de Boletins de Ocorrência. O médico atendia as vítimas sem a especialidade em ginecologia comprovada.
Em 46 gravações, José Hilson realiza atendimentos invasivos e com clara conotação sexual. Um dos vídeos mostra, inclusive, imagens em VHS, o que deixa claro o quanto a prática era antiga. Em muitos casos, os abusos aconteciam sem que a paciente sequer percebesse a violência.

dn

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