Operação do Ministério do Trabalho resgatou treze pessoas de situação irregular de trabalho, em condições precárias, no Sítio Novos, em Caucaia.
Os operários, de acordo com o órgão, não tinham vestimentas adequadas
para se protegerem do sol, registro ou anotação em carteira de trabalho,
água potável ou condições higiênicas, além de salário abaixo do
vigente. O pagamento das verbas rescisórias na Superintendência Regional
do Trabalho do Ceará (SRT/CE) foi concluído nessa segunda, 11.
De
acordo com o Ministério do Trabalho, a situação da qual os
trabalhadores foram resgatados caracteriza situação degradante. A
conduta dos empregadores “reputa-se ao tipo de submissão de
trabalhadores à condição análoga à escravidão, em flagrante desrespeito
aos tratados e convenções internacionais concernentes aos direitos
humanos, ratificados pelo Brasil”, aponta o órgão.
Os
auditores-fiscais descreveram que os operários improvisavam fogão
rústico com pedaços de troncos, a céu aberto, para preparar refeições e
depois comer sentados no chão ou em troncos de madeira, sem qualquer
conforto, higiene e segurança; não havia energia elétrica no local; não
lhes eram fornecidos equipamentos de proteção individual durante a
exposição a riscos ocupacionais diversos, como radiação solar,
intempéries, acidentes com animais peçonhentos, projeção de partículas
volantes contra os olhos, acidentes com ferramentas perfuro cortantes
(foices, facões, etc.), lesões nas mãos na manipulação da madeira,
foice, facões, queda de galhos sobre a cabeça, entre outros.
O
Ministério do Trabalho ainda aponta que o local não possuía instalações
sanitárias nos locais de trabalho nem mesmo papel higiênico. Com isso,
os operários eram submetidos a constrangimento, fazendo as necessidades
fisiológicas a céu aberto e utilizando folhas ou pedaços de madeiras
para a higiene pessoal.
Alguns dos operários ainda dormiam no
local de trabalho em dois “barracos cobertos de lona plástica, de chão
batido, sem paredes, instalações sanitárias, sem local para preparo e
realização das refeições, energia elétrica e sem armários”, diz o órgão.
Sem segurança ou organização, os trabalhadores ficavam sujeitos a
chuva, vento, calor, frio e ataques de animais peçonhentos.
Em
nota, o Ministério do Trabalho informou que os auditores providenciaram
a emissão das guias do Seguro-Desemprego e de pelo menos 30 autos de
infração. A Polícia Rodoviária Federal também participou da operação.
Redação O POVO Onli
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