segunda-feira, 3 de junho de 2019

Cruzeiro com 2.500 pessoas a bordo colide contra cais e um barco de turismo em Veneza

Um cruzeiro com cerca de 2.500 passageiros perdeu o controle por um problema no motor e colidiu contra um cais e um barco de turismo, em São Basílio-Zattere, em Veneza, na Itália, neste domingo (2). O acidente trouxe de volta a polêmica sobre a restrição à navegação de cruzeriro próximo a uma das cidade mais famosas do mundo.
Os turistas, em terra, começaram a correr quando observaram o navio de 13 andares "MSC Opera" raspando o cais, com o motor fazendo um grande barulho, antes de colidir com um barco de turismo, de acordo com um vídeo publicado no Twitter. 
Quatro pessoas ficaram levemente feridas no acidente. Eles estavam a bordo do barco de turismo "River Countness", atingido pelo cruzeiro, e foram levados para um hospital. 
O "Opera", que já apresentou problemas mecânicos em 2011 durante uma travessia pelo Báltico, tem capacidade para até 2.500 passageiros e possui um teatro, um salão de dança e um parque aquático para crianças.
"O navio MSC teve uma falha no motor, que o capitão informou imediatamente", declarou Davide Calderan, diretor da empresa de rebocadores responsável por acompanhar a embarcação até a amarração. 
Os dois rebocadores que levavam o barco até Giudecca tentaram deter o cruzeiro, que ganhava velocidade, mas as correntes que o amarravam foram quebradas pela pressão, acrescentou Calderan, que disse que o motor da "MSC Opera" estava "bloqueado".
O acidente retomou a controvérsia em torno dos danos infligidos à cidade italiana e a seu frágil ecossistema pelos enormes navios de cruzeiro que navegam perto da costa. 
"O que aconteceu no porto de Veneza é uma confirmação do que temos dito há algum tempo", tuitou o ministro italiano do Meio Ambiente, Sergio Costa. "Os navios de cruzeiro não devem navegar em frente ao Giudecca, temos trabalhado para movê-los por vários meses [...] e estamos próximos de uma solução", prometeu.
O ministro dos Transportes, Danilo Toninelli, acrescentou que o governo proporá uma "solução definitiva" até o final de junho.

DN

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