Com o objetivo de aprimorar a resposta às demandas de emergência em saúde pública em tempo oportuno, o Hospital Regional Norte (HRN), vinculado à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), implantou o Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar. A criação do departamento integra uma estratégia da Plataforma de Modernização da Saúde para ampliação do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) e da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (Renaveh) para as cinco regiões de saúde cearenses. A promoção de políticas públicas e de ações de saúde, de forma descentralizada e regionalizada, é um dos principais objetivos da Sesa.
Com o repasse de recursos do Ministério da Saúde (MS), por meio do Programa Vigiar SUS, lançado em novembro de 2020 decorrente do contexto da pandemia da Covid-19, a Rede de Vigilância das cinco regionais de saúde será ampliada. Para isso, a Sesa instrumentalizará a gestão de suas Superintendências.
“Com a descentralização, as Superintendências terão oportunidade de dar respostas mais rápidas e traçar estratégias de vigilância em saúde mais eficazes, com monitoramento de eventos inusitados. Além disso, a interligação da rede de vigilância epidemiológica hospitalar garantirá que a gestão consiga estudar e detectar oportunamente as mudanças no perfil epidemiológico das doenças”, explica Ricristhi Gonçalves, coordenadora de Vigilância Epidemiológica e Prevenção da Sesa.
A criação do núcleo é fundamental para o HRN, administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), segundo a coordenadora do Núcleo, a enfermeira Josimar Bezerra. “Considerando que as doenças de notificação compulsória constituem risco à saúde da população e que o conhecimento dessas doenças é primordial para o desencadeamento das ações de controle, em particular aquelas de notificação e investigação imediatas, há essa importância de se ter um núcleo”, ressalta.
A enfermeira lembra ainda que todo profissional de saúde, independentemente do estabelecimento em que trabalha, deve notificar às autoridades de saúde as doenças e agravos constantes na lista das enfermidades de notificação compulsória de acordo com os instrumentos e fluxos de informação definidos pelos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS).
“O ambiente hospitalar é uma importante fonte para o registro das doenças de notificação compulsórias, em especial dos casos mais graves. A investigação epidemiológica desses casos pode demonstrar um surgimento de novas doenças ou mudanças na história natural de uma doença ou no seu comportamento epidemiológico, com impacto para a saúde pública do País”, completa.
Rede de ampliação
Ao todo, 23 hospitais cearenses estão inseridos no Programa do MS – 14 deles são de gestão municipal e nove, de administração estadual. Fazem parte da ampliação do programa, além do HRN, os hospitais estaduais de Messejana Carlos Alberto Studart (HM), Geral Waldemar Alcântara (HGWA), Regional do Cariri (HRC) e Regional do Sertão Central (HRSC).
Fortalecerão a rede do Vigiar SUS, ainda, as unidades hospitalares estaduais Infantil Albert Sabin (Hias), Geral César Cals (HGCC), São José (HSJ) e Geral de Fortaleza (HGF); e os hospitais municipais São Vicente de Paula, em Barbalha, e o Instituto Doutor José Frota (IJF), na Capital.
A expansão também contará com 12 hospitais municipais, em Fortaleza e no interior do Estado. São eles: Regional de Iguatu; Regional de Icó; João Elísio de Holanda, em Maracanaú; Abelardo Gadelha da Rocha, em Caucaia; Doutor Estevam, em Sobral; Hospital e Maternidade São Lucas, em Juazeiro do Norte. Na Capital: Hospital e Maternidade Dra. Zilda Arns Neumann e os hospitais Distrital Evandro Ayres de Moura, Gonzaga Mota Distrital e Edmilson Barros de Oliveira.
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