terça-feira, 15 de junho de 2021

Deputada Erika Amorim quer criar programa de capacitação a vítimas de violência

 

Os danos da violência doméstica enfrentada pelas mulheres podem ser observados não só na integridade física e mental da vítima, como também impacta financeiramente sua vida – ou, quando a vítima não consegue sair de um relacionamento abusivo, frequentemente a dependência financeira é um fator contribuinte. Com isso, a deputada estadual Érika Amorim (PSD) apresentou na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) o projeto de indicação 215/2021, que tenta conceder capacitação a essas vítimas.

A proposta institui o “Programa Tem Saída”, que tem o objetivo de ofertar condições para a independência financeira por meio de qualificação profissional, de geração de emprego e renda e de intermediação de mão de obra. O programa sugere que as empresas terceirizadas, que tenham parceria com o Governo do Estado, destinem um percentual mínimo de 5% das vagas para mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

A deputada alega que a violência enfrentada pelas mulheres é um problema de saúde pública: “O Ceará figura como o 7º estado do País com mais denúncias de violência contra a mulher. Um número alto e muito grave. Quando pensamos no contexto geral, a violência que essas mulheres sofrem atinge, também, os seus filhos. É por isso que precisamos urgentemente lutar contra esse cenário”, enfatiza Érika Amorim.

A parlamentar explica que a matéria tem o objetivo de gerar oportunidade. “Entre outras ações, o programa quer mobilizar empresas para disponibilizarem vagas de contratação e oportunidades de trabalho para essas mulheres”, explica. “A reinserção dessas mulheres no mercado de trabalho é uma forma de ressignificar suas vidas, trazendo por meio da autonomia profissional a condição de liberdade”, conclui.

De acordo com os dados do Datafolha, 503 mulheres são agredidas fisicamente a cada hora e, a cada duas horas, uma mulher é assassinada no País, a maioria por homens com vínculos afetivos. A violência contra o sexo feminino foi dividida em duas categorias: a violência doméstica e familiar e todas as outras. Na primeira categoria, o Ceará, no ano de 2020, contabilizou 2.161 denúncias, e na segunda, 992.

fonte: https://oestadoce.com.br/

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