Houve um tempo em que a Igreja Católica enfrentou
críticas de teólogos quanto à presença de Cristo no meio dos fiéis. As
dúvidas e ataques partiam também dos próprios católicos. Foi aí que,
durante o século XIII (séc. XIII), o papa Urbano IV teve uma visão de
Cristo pedindo-lhe para celebrar a eucaristia e reafirmar sua presença
entre os cristão. Frente aos cismas e questionamentos, o papa instituiu a
festa de Corpus Christi.
A celebração, portanto, tem um valor simbólico, cultural, histórico e também teológico.
A adoração católica é materializada pelo vinho e pela hóstia em
referência ao sangue e corpo de Cristo, respectivamente. “É uma festa de
continuidade, da valorização, da celebração e da adoração ao Cristo
Jesus, apesar de tudo o que temos passado”, reflete o padre José Laércio
de Lima, da Igreja Cristo Rei.
A celebração cristã ocorre após domingos consecutivos de festejos na Igreja Católica. 60 dias antes, o primeiro deles é o da páscoa; depois memora-se a ascensão do senhor, quando Cristo vai para o céu. A penúltima comemoração é o dia de pentecoste, quando os fiéis creem que Jesus avisa-lhes que não os deixará sozinhos; Por último, antes de Corpus Christi, celebra-se a santíssima trindade, para enaltecer o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Na Igreja do Cristo Rei, onde o padroeiro é o próprio
Cristo, o tema a discutir nas celebrações, neste ano, é o sínodo da
juventude e da Amazônia, tão caros para a Igreja Católica. Além disso,
os tapetes e a procissão em homenagem a Jesus Cristo retomam às ruas,
como é feito há dez anos pelos fiéis da paróquia.
A montagem dos tapetes na Paróquia Cristo Rei terá preocupação ecológica neste ano.
Parte da decoração será feita com materiais recicláveis, como garrafas
PET e tampinhas. A dimensão sustentável da celebração ocorre inspirada
no documento que pautará os trabalhos do Sínodo da Amazônia, encontro
que reúne bispos do mundo inteiro para tratar de problemas universais da
Igreja.
Ítalo Cosme
O POVO
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