A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) auxiliou
na prisão de um integrante de organização criminosa depois que analisou
uma identidade expedida no Ceará e constatou uma diferença nas
impressões digitais. Francisco Douglas Sousa Sales, de 24 anos, foi
detido no Rio de Janeiro (RJ) após uma ação policial, na última
quinta-feira, 13. Ele apresentou o documento e os policiais desconfiaram
da identidade. A Perícia papiloscópica constatou que a célula foi
emitida no Ceará no ano de 2012, no entanto estavam com digitais e dados
do irmão de Douglas.
Conforme a Pefoce, as digitais e os dados da cédula não
correspondiam às impressões digitais de Douglas, mas ao irmão dele. Uma
nova busca encontrou um mandado de prisão em aberto por homicídio que
Douglas é acusado de ter praticado. O crime aconteceu em 2018, no Ceará.
Ele também possui antecedentes criminais no Ceará por lesão corporal e
ameaça.
Esse trabalho de verificação da identidade foi feito na
Coordenadoria de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHPB).
De acordo com o auxiliar de perícia e supervisor do Arquivo Onomástico
da CIHPB, Felipe Moura, a Polícia Civil do Rio de Janeiro fez o contato
com a Perícia Forense para descobrir a verdadeira identidade do
suspeito, que havia apresentado outro nome aos policiais. Depois que
recebeu os dados e as impressões digitais, a perícia papiloscópica
verificou que as digitais de Douglas coincidiam com a ficha criminal.
A Polícia Civil do Rio informou que o cearense estará
temporariamente detido na Delegacia de Roubos e Furtos da cidade
carioca, onde aguarda transferência para o Ceará.
Confira abaixo nota na íntegra da CIHPB que explica como ocorre esse tipo de perícia:
É a CIHPB que, a partir do registro dos dados
biométricos civis, auxilia outras coordenadorias da Pefoce com
informações para o desenvolvimento da atividade técnico-pericial que
dependem, principalmente, da papiloscopia (análise das impressões
digitais) para comprovação científica e elaboração de laudos. Para as
demandas referentes à identificação de pessoas e perícias biométricas, a
CIHPB possui três laboratórios especializados para cada tipo de
atividade.
O Laboratório de Impressões Papiloscópicas (LIP)
realiza o levantamento de impressões digitais latentes em objetos
encaminhados pelos peritos da Coordenadoria de Perícia Criminal (Copec)
ou autoridades policiais. O Laboratório de Identificação
Necropapiloscópica (LIN) faz a identificação de todos os corpos que dão
entrada na Coordenadoria de Medicina Legal (Comel). Já no Laboratório de
Identificação de Desconhecidos e Desaparecidos (LIDD), o trabalho
consiste na identificação de pessoas que dão entrada em hospitais ou
abrigos sem documento de identificação ou desorientados/com a saúde
debilitada.
Além dos laboratórios, a CIHPB é responsável pela
identificação civil dos cidadãos em solo cearense com o serviço de
emissão de documentos de identidade e é também responsável pela
identificação criminal, reunindo os dados das pessoas detidas, sejam
adultas ou adolescentes, atendendo às solicitações oriundas de
autoridades judiciárias ou policiais do Estado.
Redação O POVO Online
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