A Ordem do Dia da próxima terça-feira (18) será aberta com o projeto (PDL 233/2019) que susta o decreto do governo que amplia as possibilidades de porte de arma (Decreto 9785, de 2019). O projeto foi aprovado,
em conjunto com outras seis propostas, na última quarta-feira (12) na
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Segundo o
presidente do Senado, Davi Alcolumbre, foi feito um acordo com as
lideranças para que a matéria, de iniciativa do senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP), seja apreciada no Plenário na próxima semana.
O regulamento do Executivo altera o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826, de 2003).
Assinado em maio pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, o
decreto concede porte a 20 categorias profissionais e aumenta de 50 para
5 mil o número de munições que o proprietário de arma de fogo pode
comprar anualmente. Medidas que facilitam o acesso a armas e munição
faziam parte das promessas de campanha de Bolsonaro.
PECs
A pauta também traz uma série de propostas de emenda à Constituição
(PECs). Uma delas é a PEC que insere a proteção de dados pessoais de
brasileiros e estrangeiros residentes no país, inclusive os disponíveis
em meios digitais, no rol de garantias individuais estabelecido pela
Constituição de 1988 (PEC 17/2019). Outra PEC é a 57/2016,
que simplifica a burocracia fiscal e tributária em municípios de
pequeno porte. A proposta diminui as exigências fiscais e tributárias
dirigidas a micro e pequenas empresas, especialmente em cidades
pequenas.
A PEC 6/2018,
que elimina a possibilidade de perda automática da nacionalidade
brasileira em casos de naturalização, também está na pauta. Os senadores
ainda devem analisar a PEC que amplia a fatia dos estados no Orçamento
da União (PEC 51/2019).
A proposta aumenta de 21,5% para 26% a parcela do produto da
arrecadação dos impostos de renda (IR) e proventos de qualquer natureza e
sobre produtos industrializados (IPI) destinada ao Fundo de
Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE).
Corrupção
Também consta da pauta do Plenário o projeto de iniciativa popular conhecido como "Dez medidas contra a corrupção" (PLC 27/2017).
A proposta traz várias alterações na legislação para criminalizar a
compra de votos e o chamado caixa dois eleitoral, além de agravar penas
de crimes relacionados à corrupção. Na Câmara, diversos pontos das
propostas originais foram rejeitados e os deputados introduziram medidas
para coibir o abuso de autoridade, também de juízes e procuradores. O
relator da matéria, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), diz acreditar que
as medidas propostas para o combate à corrupção e à impunidade serão
eficazes.
A pauta ainda traz o projeto que disciplina a produção e a comercialização de queijo artesanal (PLC 122/2018) e o que garante a permanência de construções à margem de estradas (PLC 26/2018). Os dois projetos tramitam em regime de urgência.
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