O Dia Internacional da Enfermagem e do Enfermeiro, celebrado em sessão solene, nesta segunda-feira (13/05), no Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa, abriu espaço também alertar sobre a importância participação da categoria nas lutas pelos direitos e nas pautas políticas nacionais. A homenagem foi solicitada pelos deputados Augusta Brito (PCdoB), Carlos Felipe (PCdoB) e Marcos Sobreira (PDT).
O presidente da AL, deputado José Sarto (PDT), reconheceu a “grandeza” da profissão. “Trata-se de um trabalho sacerdotal, que é cuidar do ser humano, das carências físicas e psicológica e, por isso, merece reconhecimento e dignidade, como todas as profissões”, afirmou.
Para o deputado Carlos Felipe (PCdoB), a sociedade tem um débito com a categoria dos enfermeiros ao não reconhecer a profissão. “Só sabe é quem acaba precisando de um profissional desse, geralmente nos momentos mais difíceis”, assinalou.
Conforme observou, a profissão atingiu um nível de complexidade tal que os profissionais participam até da gestão administrativa em alguns ambientes. “Sabemos que a categoria é prejudicada, perdemos algumas lutas, mas ganhamos outras”, acrescentou.
A deputada Augusta Brito (PCdoB), que presidiu a solenidade, também ressaltou a importância de continuar a luta pelos direitos. “Não é porque se trata de uma categoria formada por 80% de mulheres que somos fracos. Precisamos mostrar na força e lutar pela garantia dos nossos direitos”, salientou.
De acordo com a pesquisadora e docente em Saúde Pública da Fiocruz/CE, Amanda Cavalcante Frota, é preciso quebrar essa ideia de que a enfermagem só atua na doença e no leito do hospital. “Precisamos nos organizar, lutar pelos nossos direitos, coisa que já fazemos há muitos, mas também nos envolver nas pautas nacionais e internacionais, e que afetam o desenvolvimento da profissão”, disse.
A pesquisadora afirmou ainda que a categoria deve se manifestar contra o assédio moral, ideológico, ao machismo, contra as armas, contra o desmatamento, e que todas as profissões devem dialogar entre si. “Queremos um sistema universal, gratuito, humano, e livre de perseguições ou preconceitos”, afirmou.
Já a presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (Aben/CE), Ana Valeska Siebra e Silva, defendeu a manutenção dos recursos para Educação. . “Somos contra os cortes nas universidades e o recolhimento das bolsas de pesquisa. Um país sem educação não pode ser chamado de país, e nossa voz precisa ser ouvida”, salientou.
Ana Valeska pontuou as demandas por concurso público, pela não precarização do serviço, pelo reconhecimento público dentro dos hospitais, as 30 horas semanais, o piso salarial e o plano de cargos e carreiras para os funcionários do Estado. Conforme observou, a luta atual é para as futuras gerações e jovens e estudantes devem atuar nesse processo. Dia 15 de maio, vamos participar dos manifestos pela Educação do País. Vamos nos posicionar contra esse massacre”, defendeu.
Na ocasião, foram homenageados com certificado Hermenecisia Aguiar Costa, enfermeira do departamento de Saúde e Assistência Social (DSAS) da Assembleia; Amanda Cavalcante Frota, pesquisadora e docente em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz no Ceará (Fiocruz-CE); Silézia Maria Franklin de Souza, professora mestra em Saúde Coletiva e Educação da Universidade de Fortaleza (Unifor); Maria Vilani Cavalcante Guedes, professora doutora do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Ceará (Uece); Ana Fátima Carvalho Fernandes, professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Foram agraciados ainda os enfermeiros Natália Herculano Soares Rodrigues, Maria Alice Nogueira de Oliveira, Maria do Socorro Araújo Neves – do Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Município de Orós, Ravigna Maria Teixeira de Araújo – do Hospital Infantil Albert Sabin, Luciana Catunda Gemes de Menezes, professora da Faculdade Metropolitana de Fortaleza (Fametro), Lúcio Kildare e Silva Lima – Central de Transplante do estado do Ceará, Bruna Michelle Belem Leite – coordenadora do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Estácio do Ceará, Maria Rejane Magalhães Fontenele – diretora executiva do Sindicato dos Enfermeiros do estado (Sence).
A solenidade contou ainda com a participação da vice-presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Ceará (Senece), Anizia Ferreira; a chefe do Serviço de Enfermagem do Departamento de Saúde da AL, Maria Odete Marçal Sampaio; a coordenadora de Enfermagem do Hospital Infantil Albert Sabin, Zélia Gomes Mota; e a representante do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará, Rubênia Laurisa Vasconcelos.
PE/AT
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