O valor do conjunto de alimentos essenciais subiu no último mês de março em 18 capitais brasileiras, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Nessa última consulta, Fortaleza aparece com a oitava cesta mais cara do Brasil. O levantamento analisou o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica. Nesse aspecto, o fortalezense precisaria ter trabalhado 98 horas e sete minutos no mês de março para conseguir adquirir todos os itens alimentícios do conjunto.
O estudo é realizado mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apontando as principais variações no preço dos produtos. No comparativo com fevereiro deste ano, a cesta básica da Capital cearense apresentou aumento de 6,78%, passando a custar R$ 445,12. O valor representa mais do que o dobro (12,02%) de acréscimo em relação a março do ano passado.
Durante aquele mês, as cestas mais caras do País foram: São Paulo (R$ 509,11); Rio de Janeiro (R$ 496,33); e Porto Alegre (R$ 479,53). Na outra ponta da tabela, no entanto, Salvador e Aracaju apresentaram os menores valores médios observados: R$ 382,35 e R$ 385,62, respectivamente.
Maiores altas ocorreram em Brasília (11,09%), Florianópolis (7,28%), São Luís (7,26%) e Curitiba (7,20%). Nos primeiros três meses deste ano, todas as 18 cidades examinadas mostraram alta acumulada, sendo Recife (17,85%), Vitória (17,84%) e Natal (16,87%) as principais. A menor alta foi registrada em Porto Alegre (3,19%).
Com base na cesta mais cara (São Paulo) e levando em conta a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e Previdência, o Dieese estipula ainda qual seria o valor do salário mínimo necessário no País.
Em março deste ano, o salário mínimo base para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.277,04 ou 4,29 vezes o mínimo vigente: R$ 998,00. Já em fevereiro, o valor mínimo necessário correspondeu a R$ 4.052,65 ou 4,06 vezes o mínimo válido.
Alta do feijão
Os produtos que mais tiveram variação entre fevereiro e março deste ano foram o tomate, a batata, a banana e o feijão. Este último, essencial na mesa de grande parte dos brasileiros, teve aumento em seu preço médio em 17 capitais em março de 2019.
O tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, não apresentou aumento apenas em Campo Grande (-10,92%). Ao contrário do que aconteceu em Brasília que registrou elevação de 102,13%
o povo
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