O prefeito Naumi Amorim participou na noite desta sexta-feira (10/5) de audiência pública na Escola Celina Sá Moraes, no Icaraí. Com vereadores, secretários municipais, especialistas e representantes da sociedade civil, ele discutiu os prejuízos causados pelo avanço do mar em Caucaia.
O gestor ouviu os anseios de moradores e comerciantes, e deu detalhes da intensa articulação da Prefeitura para viabilizar a liberação de verbas estaduais e federais e dar início às obras de contenção das ondas e reurbanização principalmente do Icaraí. “Nós só vamos resolver esse problema com a ajuda de todo mundo, com todo mundo junto. Nós já temos recursos garantidos”, disse o prefeito.
Naumi refere-se aos R$ 28 milhões já aprovados pelo Governo Federal que hoje encontram-se na Defesa Civil do Estado do Ceará. Consignado ao antigo Ministério da Integração Nacional, o dinheiro aguarda liberação e será empregado na construção principalmente de espigões.
Conforme o prefeito, seis estruturas do tipo serão necessárias para conter os prejuízos causados pelo avanço do mar em Caucaia, decorrente principalmente de intervenções feitas em Fortaleza. “São três frentes de ação: combater o avanço do mar, engordar a praia do Icaraí e barrar, mesmo que judicialmente, qualquer nova obra em Fortaleza. Não existe sustentação técnica que justifique a execução de outras obras lá, como estão querendo fazer, sem que haja impacto em Caucaia”, acrescentou o secretário municipal de Infraestrutura, Eudes Costa.
Ele ponderou que a construção de espigões já foi aprovada pela população e autorizada pelo prefeito. De imediato, o secretário afirmou que uma intervenção de segurança será feita na área das antigas barracas de praia e de um prédio residencial cuja estrutura está ameaçada. “Essa praia já foi maravilhosa. Temos que recuperá-la, principalmente porque a praia do coração caucaiense é o Icaraí”, acrescentou Eudes Costa.
Membro do movimento SOS Icaraí, Alisson Néri reforçou a necessidade de a orla caucaiense ganhar espigões. “Nós podemos ter espigão aqui e vamos ter espigões aqui. Porque só eles podem resolver a situação. E os estudos dessas novas obras em Fortaleza são totalmente confusos. São obras totalmente fragilizadas do ponto de vista técnico. Fortaleza é um câncer para o litoral de Caucaia. Não somos contra a obra de lá. Só queremos que sejam responsáveis.”
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