terça-feira, 24 de setembro de 2019

Governo transfere 257 presos ligados a ataques no Ceará

A Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará (SAP) afirmou que 257 presos foram transferidos das unidades prisionais de Pacatuba, Quixadá e do Centro de Triagem e Observação Criminológica (CTOC) como “forma preventiva e tática”, diante da onda de ataques violentos ocorridos desde sexta-feira (20) no Estado. Segundo a SAP, eles pertencem ao grupo criminoso responsável pelos ataques. O governador Camilo Santana informou, por meio de live nas redes sociais na tarde desta terça-feira (24), que mais de 30 pessoas já foram presas em razão das ações criminosas. 
O gestor também disse que conversou com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, sobre a necessidade de convocar tropas federais para o Ceará. Além disso, reforçou o policiamento colocando nas ruas policiais que estavam de férias ou que realizam serviços administrativos. 
Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) informou que acompanha a situação e disponibilizou vagas no Sistema Penitenciário Federal para receber internos apontados como líderes das ações criminosas que vêm sendo comandadas de dentro dos presídios.
Desde a sexta-feira (20), foram registrados pelo menos 38 ataques no Estado contra prédios públicos e privados, transportes coletivos, caminhões, carros particulares e uma torre de telefonia.
O Governo do Estado não divulgou o motivo da nova onda de ações criminosas. Fontes ligadas ao sistema penitenciário do Ceará afirmam ao Sistema Verdes Mares que a descoberta de um plano de resgate de presidiários e o isolamento dos detentos que iriam fugir geraram reações dos criminosos. Ao todo, cinco pessoas ficaram feridas durante as ações. 
“O Depen aguarda a lista de presos por parte do governo do Ceará e a autorização do Juiz da origem. Por questões de segurança não são informados detalhes sobre número de vagas e nem sobre a transferência”, manifestou o MJSP, por meio de nota. 
O secretário da SAP, Mário Albuquerque, acredita que a transferência vai promover “controle total” sobre a organização. 
“Isolamos os internos pertencentes a esse grupo. Com esse controle, nós criamos o ambiente seguro e impossibilitamos qualquer comunicação com o mundo externo”, comentou. 
A SAP afirma que todas as suas unidades prisionais funcionam dentro da normalidade. Salas de aula, cursos de qualificação e a escala de presos classificados para o trabalho não sofreram alteração, informou a secretaria. 
“O sistema está tranquilo e controlado. A rotina carcerária segue sua normalidade com aulas, atendimento médico e força de trabalho a pleno vapor. Agora é permanecer atento e vigilante para manter o controle e estabilidade do sistema penitenciário do Ceará”, frisou Albuquerque. 

dn

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